sexta-feira, 25 de novembro de 2011

AUDIO: REFLEXÃO, MUSICAS E DOCUMENTÁRIO

Programa Verdade e Vida na Rádio Agua Viva FM 105,9

1. Música Kleber Lucas - Casa de Davi, casa de oração
2. Coral Presbiteriano da Coréia
3. Reflexão pelo Missionário Taciano Cassimiro
4. Documentário: João Calvino 500 anos
5. Música Alvaro Tito - Cuida de Mim

CLICK ABAIXO NO LINK

VERDADE E VIDA MUSICAS, REFLEXAO E DOCUMENTARIO.mp3

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

terça-feira, 15 de novembro de 2011

SEITAS E HERESIAS

Hans Küng quer nova Reforma na Igreja Católica



Entrevista concedida pelo teólogo católico suíço Hans Küng ao jornal alemão Der Spiegel, traduzida e publicada no Estadão de hoje:

'Crise da Igreja lembra período da Reforma'

Teólogo diz que excessiva concentração de poder nas mãos do papa impede as mudanças necessárias para conter fuga de fiéis

DER SPIEGEL - O Estado de S.Paulo

Crítico do papa Bento XVI e de seu antecessor, João Paulo II, o teólogo Hans Küng, de 83 anos, afirma que a Igreja Católica só vai recuperar os fiéis que perdeu nos últimos anos se abandonar o sistema centralizador na figura do papa - que ele compara a um monarca absoluto - e retomar o legado de reformas democráticas do Concílio Vaticano 2.º. "O momento é de mudança, e o papa e os bispos estão cegos, como há 500 anos, na época da Reforma."

Muitos católicos acham que o acobertamento dos abusos sexuais de crianças por padres afastou fiéis da Igreja. O que está errado na Igreja?

Se você encara a questão em palavras tão simples, darei uma resposta igualmente simples. O antecessor de Joseph Ratzinger (atual papa Bento XVI), João Paulo II, lançou um programa de restauração política e eclesiástica que contestava as intenções do Concílio Vaticano 2.º. Ele queria uma recristianização da Europa. E Ratzinger era o seu mais leal assistente, desde o início. Poderíamos chamar aquela época como um período de restauração do regime romano anterior ao concílio.

Como foi possível que esses problemas começassem a surgir de repente, 50 anos depois do Concílio Vaticano 2º (1962-1965)?

Os problemas surgiram há algum tempo na Igreja, como revela o acobertamento dos escândalos de abusos sexuais que duraram décadas. A certa altura, o problema mundial dos abusos não pôde mais ser negado. Mas este não é o único acobertamento da hierarquia católica.

O que o sr. quer dizer com isso?

Quero dizer que a vida da Igreja no plano das paróquias praticamente se desintegrou em muitos países. Em 2010, pela primeira vez, o número de pessoas que deixaram a Igreja superou o número das que foram batizadas na Alemanha. Desde o concílio, perdemos dezenas de milhares de sacerdotes. Centenas de presbitérios estão sem pastores e a ordenação de homens está desaparecendo porque não se consegue mais recrutar sangue novo. Mas a hierarquia da Igreja não tem a coragem de admitir, honesta e francamente, a verdadeira situação.

É tarde demais para salvar a Igreja?

A Igreja Católica como comunidade de fé poderá se manter, mas somente se abandonar o sistema de governo romano. Nós conseguimos sobreviver sem esse sistema absolutista por mil anos. Os problemas começaram no século 11, quando os papas afirmaram sua reivindicação do controle absoluto sobre a Igreja, aplicando uma forma de clericalismo que privou o laicato de todo poder. A regra do celibato também vem daquela época.

Recentemente, o sr. criticou o papa Bento XVI, afirmando que nem mesmo o rei Luis XIV foi tão autocrático. Bento XVI poderia realmente mudar o sistema romano se assim quisesse?

Na verdade esse absolutismo é um elemento essencial do sistema romano. Mas nunca foi um elemento essencial da Igreja Católica. O Concílio Vaticano 2.º fez de tudo para se afastar dele, mas infelizmente não foi até o fim. Ninguém ousou criticar o papa diretamente, mas houve uma ênfase na relação colegial do papa com os bispos, que se destinava a integrá-lo novamente na comunidade.

O sr. pede também o fim do celibato, que as mulheres sejam ordenadas sacerdotes e a Igreja levante a proibição do controle da natalidade - valores considerados fundamentais da Igreja Católica. O que restaria da Igreja?

O que restará será a mesma Igreja Católica que existia antigamente - e era melhor. Não estou dizendo que o papado deva ser abolido. Mas nós precisamos de agências que sirvam às congregações, do tipo de papado exercido por João XXIII. Ele não procurava dominar. Ao contrário, ele simplesmente demonstrou que estava ali para todos, inclusive para as outras igrejas. Ele estabeleceu as bases para o concílio e o novo amanhecer do cristianismo ecumênico.

Muitos afirmam que, se todas as reformas que o sr. defende fossem implementadas, a Igreja se tornaria mais protestante e abandonaria seu caráter católico.

A Igreja indubitavelmente se tornará um pouco mais protestante. Mas nós sempre preservaremos o nosso caráter distinto. Nossa maneira de pensar global, nossa universalidade, diferencia-nos de uma certa visão estreita das igrejas regionais protestantes. E assim teria de permanecer, assim como deveria ser mantido o cargo do papa. Mas se tudo se concentrar no cargo, acabaremos com um vigário medieval, um papa como monarca absoluto, que personifica simultaneamente o Executivo, o Legislativo e o Judiciário - contradizendo a moderna democracia e o Evangelho.

Pelo visto, o sr. quer reformar a Igreja para permitir que ela continue existindo. E o papa tenta fechar a Igreja para o mundo exterior e restringi-la cada vez mais a um núcleo conservador, que poderá até sobreviver.

De fato. No passado, o sistema romano foi comparado ao sistema comunista, no qual uma única pessoa podia se manifestar. Hoje, eu me pergunto se por acaso não nos encontramos em uma fase de "putinização" da Igreja Católica. Evidentemente não quero comparar o Santo Padre, como pessoa, ao ímpio estadista russo Vladimir Putin. Mas há muitas semelhanças estruturais e políticas entre os dois. Putin herdou um legado de reformas democráticas, mas ele fez tudo o que podia para anulá-las. Na Igreja, tivemos o concílio, que iniciou a renovação e o entendimento ecumênico. A política de restauração do papa polonês, a começar dos anos 1980, tornou possível que cabeças de mentalidade parecida, integrantes da Congregação para a Doutrina da Fé, que trabalha de maneira totalmente sigilosa, outrora conhecida como Congregação da Inquisição Romana e Universal - que continua sendo uma inquisição, apesar do seu novo nome -, fossem eleitas papa.

No ano passado, o sr. escreveu uma carta aberta a todos os bispos do mundo, em que apresentou uma explicação detalhada da sua crítica ao papa e ao sistema romano. Qual foi a resposta?

Há cerca de 5 mil bispos no mundo, mas nenhum deles ousou comentá-la publicamente. Isso mostra claramente que alguma coisa não funciona. Mas se você fala aos bispos individualmente, ouve muitas vezes: "O que o sr. descreve está fundamentalmente correto, mas não há nada que se possa fazer a respeito". Seria maravilhoso se um bispo importante dissesse apenas: "Isso não pode continuar". Mas, até agora, ninguém teve a coragem de fazê-lo. A situação ideal, na minha opinião, seria uma coalizão de teólogos reformistas, leigos e pastores abertos à reforma e bispos dispostos a apoiá-la. Evidentemente, eles poderiam entrar em conflito com Roma, mas teriam de encarar essa possibilidade num espírito de lealdade crucial.

Isso levou à Reforma, há 500 anos. Mas, na época, o Vaticano era incapaz de compreender as críticas vindas de suas bases.

Depois de 500 anos, surpreendemo-nos com o fato de que o papa e os bispos de então não terem percebido que a reforma era necessária. Lutero não queria dividir a Igreja, mas o papa e os bispos estavam cegos. Aparentemente, uma situação semelhante persiste ainda hoje.

TRADUÇÃO ANNA CAPOVILLA

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

A Verdade Sobre a Compatibilidade Conjugal



Phil Smidt

No que se refere à compatibilidade, eu e minha esposa somos muito diferentes.

Quando meu filho mais velho estava com três anos de idade, fui passear de carro com ele pela cidade. Um semáforo levou-o a me perguntar o que significava a luz amarela. "Filho", comecei a responder com minha sábia voz paternal, "uma luz amarela significa que precisamos ter cautela".

Sua mente inquisitiva queria testar essa teoria; por isso, fez a mesma pergunta à minha esposa no dia seguinte.  "Filho", ela lhe informou, enquanto agitava suas mãos enfaticamente, "uma luz amarela significa ANDE DEPRESSA!"

Minha esposa precisava ir a muitos lugares. Tinha pressa. Mas eu gostava de andar devagar e desfrutar do cenário.

O que é compatibilidade?
O dicionário define compatibilidade como "a capacidade de viver junto em harmonia". Nossa cultura valoriza muito a compatibilidade no casamento, mas acredita-se que é preciso achar a pessoa certa para se conseguir isso. Se você encontrar "aquela pessoa", haverá harmonia. No entanto, a Bíblia ensina que casamentos harmoniosos não são algo natural. Desde a Queda, relatada em Gênesis 3, o pecado nos tornou incompatíveis, porque os relacionamentos se tornaram naturalmente prejudicados e fraturados. Mas o evangelho nos dá esperança de vivermos em harmonia com os outros, quando Jesus reconstrói os relacionamentos. Focalizamos as outras pessoas em vez de focalizarmos a nós mesmos (Rm 15.5).

Compatibilidade bíblica
Então, o que a Bíblia diz especificamente sobre achar um cônjuge compatível? Um cristão verdadeiro deve casar-se com outro cristão verdadeiro (2 Co 6.14, 1 Co 7.39). Este é o ensino bíblico, porém significa muito mais.

Em vez de procurar uma pessoa compatível, os cristãos são instruídos a casarem-se com outro cristão e se tornarem cônjuges compatíveis. A transformação exige a graça e o poder de Jesus – boas novas para aqueles que procuram se casar ou já estão casados, pois Deus não deixa as mudanças por conta de nossos próprios esforços.

Perguntas que os solteiros devem fazer quando procuram um cônjuge biblicamente compatível:

1 - Como saber se ele ou ela se submete, de boa vontade, à autoridade de Deus?

Moças, se o rapaz não se submete à autoridade de Deus, ele é um homem perigoso. Rapazes, se a moça não se submete a uma autoridade piedosa agora (a um homem que, a propósito, não é você), ela é o tipo de mulher que Provérbios os adverte a evitar.

2 - Como saber se ele ou ela é submisso aos ensinos?

Se alguém gosta de discutir, está mais preocupado em ter razão do que em ser justo. Quando você pensa que venceu a discussão no casamento, na realidade perdeu. O casamento é amadurecimento manso, em que os cônjuges reconhecem que têm muito a aprender pelo resto da vida.

3 – Ele ou ela é conhecido e envolvido na comunidade cristã?

É fácil usar uma máscara quando nos sentimos atraídos por alguém e motivados por casamento. Se a pessoa não é conhecida na comunidade, você não a conhece. Outros precisam dar testemunho quanto ao seu caráter, integridade e fé.

4 - Como ele ou ela fala dos outros?

Se a pessoa é crítica, exigente ou petulante em suas atitudes e palavras, continuará assim no casamento. Logo, você se tornará o alvo da ira e do orgulho dela.

5 - Como ele ou ela reage quando confrontado com o pecado?

Quando alguém tenta esconder, disfarçar, acusar, desculpar ou racionalizar seu pecado, ele tem uma visão distorcida do evangelho. Por causa de Jesus, podemos confessar os pecados (1 João 1.0), arrepender-nos (Rm 2.4), andar na luz (Ef 5.8-9) e reconciliar-nos com Deus (2 Co 5.17-21).

Perguntas para os casados que desejam se tornar biblicamente mais compatíveis:

1 - O que você percebe, com frequência, que está certo ou errado em seu casamento?

Se você é cristão, há muita coisa certa com você, porque Jesus o salvou da ira de Deus e você lhe pertence. Você possui todos os recursos em Cristo à sua disposição (2 Pe 1.3). Como filho redimido de Deus, o perdão e a graça podem fluir livremente de seu coração, deixando que você seja proveitoso às fraquezas do seu cônjuge. Você vive dessa maneira?

2 – Quando foi a última vez que você fez alguma coisa intencional para o seu cônjuge?

A bondade e a consideração fortalecem o casamento. Todavia, muitos casais acham que podem falar com aspereza, desdém ou falta de perdão. "Para melhor ou para pior" não é permissão para pecar. Você precisará de fé e humildade para reagir com graça quando estiver irado, magoado ou for mal interpretado.

3 - Você crê que Deus sabia o que estava fazendo quando o fez casar-se com seu cônjuge? 

Quando o casamento está difícil, você pode ser tentado a pensar que cometeu um engano e esquece que o casamento nos molda, com frequência, de maneiras dolorosas. Volte no tempo e lembre o que aprecia e admira no outro. É possível que essas qualidades ainda estejam presentes, mas você permitiu que o pecado e o egoísmo entrassem sorrateiramente e obstruíssem sua visão.

4 - É preciso que você se arrependa da insatisfação e das queixas no seu casamento.

É preciso haver uma intervenção sobrenatural do Espírito Santo para que sejamos gratos. Nossa tendência é comparar e queixar. A gratidão é um estilo de vida ordenado pelas Escrituras (Cl 3.15-17), e não uma simples sugestão para os feriados de verão. Pelo que você se sente grato? O que você gosta no seu cônjuge?

5 - Você e seu cônjuge oram juntos? Vocês oram um pelo outro?

É difícil ficar com o coração endurecido e amargurado com uma pessoa por quem você ora frequentemente. Deus fará uma grande obra no seu casamento enquanto você estiver orando. A oração mostra que necessitamos de Deus e é um ato de adoração.

Traduzido por: Yolanda Mirdsa Krievin

Copyright © Resurgence 2011

Copyright © Editora Fiel 2011

LinkWithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...