quarta-feira, 16 de maio de 2012

Como ser um ministro fiel ?


 São muitos os desafios enfrentados pelos ministros do evangelho. Os desafios são os mais diversos: teologia liberal, teologia relacional, teologia da prosperidade, pentecostalismo e seus excessos, neo-pentecostalismo e suas propostas tentadoras de riqueza e saúde, como prova de fé e fidelidade. Além disso, ainda temos o crescente número de “igrejas” que se espalham em solo nacional, em cada esquina, em cada beco, em cada povoado, encontramos uma “igreja”, de cujo os nomes são os mais diversos, começando pela Congregação ANTI-BLASFÊMIAS; Igreja Pentecostal do Pastor Sassá; Igreja Dekanthalabassi; Igreja da Pomba Branca; Cruzada Evangélica do Pastor Waldevino Coelho, A Sumidade; Associação Evangélica Fiel até Debaixo D’agua; Igreja Batista a Paz do Senhor e ANTI-GLOBO; Igreja Automotiva do Fogo Sagrado; Igreja Evangélica Pentecostal a Última Embarcação para Cristo; Igreja Pentecostal Jesus Nasceu em Belém; Comunidade do Coração Reciclado;  Igreja Evangélica Abominação à Vida Torta; Igreja de Deus da Profecia no Brasil e América do Sul; Igreja do Sétimo gole; até a Igreja Batista Da Pomba Sacrificada. 

É extremamente verdade que o erro do homem não anula a graça de Deus. Por isso, muitos têm sido alcançados por esta graça, tendo suas vidas transformadas, libertas das drogas, prostituição e de tantos outros males por meio de “ igrejas “ as mais diversas. Mas, também é verdade que o surgimento desordenado de “ igrejas”, de “ pastores” sem compromisso com a verdade bíblica tem sido prejudicial para o protestantismo. É cada vez maior o número de pessoas decepcionadas com “ igreja ”. 

Com certeza a lista de desafios pode ser imensa se começarmos a enumerar uma por uma, este não é o nosso objetivo, entretanto, gostaria de destacar outros como  “ viver o que se prega, o que se ensina “. Alguém pode não ver isto como um desafio, mas a história e a própria experiência humana está ai para provar e comprovar. Vivemos em uma atmosfera de muita letra, muito grito, muita filosofia, muito debate, porém, pouca vida. Precisamos ensinar o que é correto ( ortodoxia ), mais também precisamos e devemos praticar o que ensinamos e pregamos ( ortopraxia ). Pergunta-se se já não existem homens da envergadura de John Bunnyan ( 1628 – 1688 ), homem bíblico, piedoso e disposto a dá testemunho de seu Senhor em todos os lugares e em qualquer situação. Mesmo em prisão por doze anos em Bedford, permaneceu fiel, vivendo a Palavra. Ou como Samuel Rutherford (1600 - 1661), um dos comissários escoceses na Assembléia de Teólogos de Westminster. Homem espiritual, teólogo de extrema grandeza, dedicado à oração, estudante apaixonado das Sagradas Escrituras e comprometido com a mesma. Desenvolveu de forma exemplar seu ministério dando provas de sua fidelidade. Sua vida, Seus escritos, testemunhos de amigos, de irmãos e de ministros atestam sua fidelidade. 

E com este espírito que estaremos nas próximas publicações abordando o assunto: Como Ser o Ministro Fiel? A começar de um breve comentário da carta de Paulo ao jovem Timóteo, e em seguida passaremos a apresentar quatro argumentações que espero contribuir para nossa edificação. Nosso texto base será o I Tm 4.6-16
Continua.... 

Taciano Cassimiro, Missionário da IPB. 
Pastoreia a Igreja Presbiteriana de Tailândia-PA

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Samuel Rutherford

Samuel RutherfordSamuel Rutherford (1600 - 1661), nascido na aldeia de Nisbet, Roxburghshire, na área de Scottish Borders of Scotland, Rutherford foi educado em Jedburgh Grammar School e da Universidade de Edimburgo, onde se tornou em 1623 Regent da Humanidade (Professor da América). Foi um teólogo presbiteriano escocês e autor.

Em 1627 ele foi ordenado como ministro da Anwoth em Galloway, de onde ele foi banido para Aberdeen para não-conformidade. Seu patrono, em Galloway foi John Gordon, primeiro visconde de Kenmure. Sobre o restabelecimento do Presbitério em 1638 ele foi nomeado Professor de Teologia em St. Andrews. Ele foi um dos comissários escoceses na Assembléia de Teólogos de Westminster, em Londres, e após seu retorno para a Escócia tornou-se reitor do Colégio Santa Maria em St. Andrews em 1651. Na restauração de Charles II foi privado de todos os seus escritórios.

Rutherford também era conhecido por seus trabalhos espirituais e devocionais, como "O Julgamento e Triunfo da Fé" e suas Cartas publicado postumamente (1664). Sobre as suas cartas, Charles Spurgeon escreveu: "Quando morrendo e prontos para deixar este mundo, deixe o mundo saber que Spurgeon segurava as cartas de Rutherford como fonte próxima de inspiração, inpiração esta que pode ser encontrada em todos os escritos deste homens simples".

quarta-feira, 2 de maio de 2012

A IGREJA E O ESTADO

Funções Diferentes

Postado por Taciano Cassimiro

D. MARTIN LLOYD-JONES (1899-1981) foi um pregador galês, popular e influente, com grandes dons intelectuais, serviu numa congregação da Igreja Presbiteriana de Gales em Aberavon, Port Talbot, de 1927 a 1938, e em seguida à congregação independente na Westminster Chapel, Londres, primeiro como auxiliar e depois como sucessor de G. Campbell Morgan (1863-1945). Jubilou-se em 1968, mas continuou dedicado a pregação itinerante até pouco antes de sua morte.

O texto básico do opúsculo é Efésios 5.3-5

Podemos extrair algumas lições:
1.      O objetivo do cristianismo e tornar-nos santos e inculpáveis na presença de Deus;
2.      Por corrermos o perigo de não aplicar a fé cristã a nós mesmos, mas sim de contentar-nos somente em desfrutá-la de maneira teórica;
3.      O perigo do antinomianismo: bem, não importa muito, portanto, o que eu faço. Se a minha salvação final e certa e garantida, posso viver como eu quiser. Esse é o perigo particular que correm os homens e mulheres que têm o melhor entendimento da verdade;
4.      O cristianismo é pra ser vivido em cada detalhe de nossas vidas, nos detalhes mais comuns da vida, em tudo que fazemos.
5.      A vida cristã é o combate da fé. Necessitamos de toda armadura de Deus; temos de vigiar e orar; temos de compreender que estamos cercados de inimigos e perseguidores visíveis e invisíveis, alguns deles dentro de nós, e durante todos os dias nós temos que está alerta.
6.      E o fato de não fazermos o que é mal, é porque somos santos, e porque estamos no reino de Cristo e de Deus.


Ao tratar da relação Estado e Igreja propriamente dito LIoyd Jones faz as seguintes declarações:

1.      Deus está agindo hoje no mundo por meio de duas esferas, a esfera da igreja e do estado;
2.      Ambas as esferas se destinam em funcionar segundo os métodos e meios que lhes são designados , e jamais deveria haver confusão entre elas;
3.      A Igreja Cristã não é um Departamento ou Secretáia do Estado;
4.      O erastianismo é uma negação da mensagem cristã. O Estado não está acima da Igreja. A Igreja não é simplesmente uma das atividades do Estado. A Igreja não pertence a mesma esfera do Estado; ela é o reino de Cristo e de Deus! E sempre devemos lutar por essa distinção.
5.      Se os cristãos querem ajudar o Estado, a melhor maneira é pela pregação de um evangelho que produza tanto cristãos que o Estado terá que dar atenção ao que nós dizemos.
6.      Não cabe ao Estado pregar; o dever do Estado é usar a espada; é governar; é fazer as leis do parlamento; é punir e ensinar aos homens que se eles não responderem como devem a uma correta visão da vida, merecerão castigo, e certamente o receberão. A graça e a lei não podem se misturar; não pertencem a mesma esfera.
7.      Que o Estado continue com as suas atividades. Entretanto que não haja confusão de pensamento; doutro modo, haverá fracasso em ambas as esferas.
8.      O que estou criticando é a confusão das esferas da Igreja e do Estado.

Deixe seu comentário.

 Autor: D.M. Lloyd – Jones Editora: PES

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