sábado, 15 de agosto de 2009

ASHBEL GREEN SIMONTON, PIONEIRO DA IGREJA PRESBITERIANA DO BRASIL

A Igreja Presbiteriana do Brasil está celebrando neste ano o seu sesquicentenário. Hoje estamos presentes em todos os Estados da Federação e já temos mais de quatro mil igrejas com aproximadamente oitocentos mil membros. A Igreja Presbiteriana do Brasil é uma igreja comprometida com a evangelização, a educação e a ação social. É um esteio do protestantismo pátrio. Vamos, agora, conhecer um pouco sobre o nosso missionário pioneiro, Ashbel Green Simonton. Ele foi um jovem idealista. Deixou os Estados Unidos nos tempos gloriosos de um grande reavivamento e veio para o Brasil em 1859 para plantar a Igreja Presbiteriana. Vejamos alguns aspectos de relevo em sua história:

1. Sua família - Foi o nono filho, o caçula, de uma família piedosa. Seu pai era presbítero, médico e político, tendo sido duas vezes eleito deputado para o Congresso Nacional. Simonton foi consagrado ao ministério da Palavra no batismo infantil.

2. Seu chamado para o ministério - No dia 14 de outubro de 1855, após ouvir um sermão do Dr. Charles Hodge sobre a tarefa da igreja, sentiu-se chamado para as missões. Fez o curso de teologia no seminário de Princeton, em New Jersey. Após concluí-lo, decidiu viajar para o Brasil. Quando alguém questinou o fato de ele se dedicar a um país ainda pobre e assolado por várias doenças endêmicas, ele respondeu: "A única segurança está na submissão à vontade e aos propósitos divinos. Sob a direção de Deus, o lugar de perigo é o lugar de segurança e, sem a sua presença, nenhum abrigo é seguro".

3. Seu casamento - Ao saber da enfermidade da mãe, Simonton deixou o Brasil e retornou aos Estados Unidos. Mas, ao chegar, ela já havia falecido. Simonton ficou então um ano em seu país de origem. Nesse tempo, casou-se com Helen Murdock. Após dois meses de casado, regressou ao Brasil. Em 19 de junho 1864, nove dias após nascer-lhe a filha Helen, sua adorável esposa morreu.

4. Seu trabalho - O jovem pioneiro deixou marcas profundas e indeléveis na história do presbiterianismo e da evangelização nacional:


a) organizou a escola dominical em 22 de abril de 1860 com cinco crianças, usando como livros textos: a Bíblia, o Catecismo e o Peregrino, de John Bunyan;


b) organizou a Primeira Igreja Presbiteriana do Rio de Janeiro em 12 de janeiro de 1862;


c) criou o primeiro jornal - A Imprensa Evangélica, em 5 de novembro de 1862;


d) organizou o primeiro presbitério, o Presbitério do Rio de Janeiro, em 17 de dezembro de 1865, quando foi ordenado ao sagrado ministério o ex-padre José Manoel da Conceição;


e) criou o primeiro seminário teológico em 14 de maio de 1867.5. Sua morte - Em 9 de dezembro de 1867, aos 34 anos de idade, morreu em São Paulo, de febre amarela, este heróico jovem desbravador. Sua irmã, esposa do Rev. Blackford, perguntou-lhe, em seus últimos lampejos de consciência: "O que será dos crentes e do trabalho que você está deixando?".


Ele respondeu: "Deus levantará alguém para tomar o meu lugar. Ele fará o seu trabalho com os seus próprios instrumentos. Nós só podemos apoiar-nos nos braços eternos e estar quietos".


Rev. Hernandes Dias Lopes

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Nicolau von Zinzendorf

Biografia

Nicolau von Zinzendorf (1700-1760) foi um nobre crente que exerceu grande influência na história missionária. Quando jovem fundou com outros estudantes o que chamou de “Ordem do Grão de Mostarda”.
Em uma de suas viagens, ao visitar um Museu, viu um quadro do Senhor Jesus coroado com espinhos e uma inscrição: “Eu tudo fiz por ti, que fazes tu por mim?” E muito se emocionou. Meditou e chorou por muitos dias sobre tal frase. Após viajar para a Groenlândia seu coração tornou-se ainda mais inquieto ao ver que os esquimós da Groenlândia não conheciam a Cristo e seu choro aumentou ainda mais.

Algum tempo depois ele encontrou um amigo cristão e lhe fez um convite para ir pregar o Evangelho aos esquimós, dizendo: “Você gostaria de pregar o Evangelho aos esquimós? Mas antes que você me responda, quero que você saiba que você vai sozinho, sem sustento e sem possibilidade de voltar para casa. Você aceita o desafio?”.

Aquele homem aceitou o desafio sem pensar duas vezes. A única coisa que fez foi pedir um par de sapatos usados, pois o mesmo estava descalço e seria difícil viajar de tal forma. Na manhã seguinte, ao chegar à casa daquele cristão com o par de sapatos usados que ele havia pedido, Zinzendorf não o encontrou. Ele havia deixado um bilhete dizendo “saí de casa, descalço, antes de o sol nascer. Não posso perder tempo para fazer a obra de Cristo”.

Hoje, mais de 95% da população da Groenlândia é cristã! E tudo começou porque um homem ousado e comprometido com Jesus respondeu “SIM” ao chamado de Cristo e dedicou-se a pregar o evangelho e salvar vidas.

Nessa época, na Morávia, a Igreja que se originara após a morte de John Huss, estava sendo grandemente perseguida. O conde mandou avisar que se aqueles crentes quisessem, seriam acolhidos em suas terras, na Saxônia. Assim, muitos refugiados morávios conseguiram chegar lá e fundaram, em 1722, uma comunidade que existe até hoje, chamada Herrnhut (“sob o cuidado do Senhor” ou também “montando guarda para o Senhor”). Lá eles se auto-sustentavam. Aprenderam a viver como artesãos e desenvolveram um movimento de oração nas 24 horas do dia, nos sete dias da semana por 100 anos. Pouco tempo depois, aquela comunidade cristã, liderada por Zinzendorf, passou a ter um fortíssimo envolvimento missionário. Vários membros (principalmente jovens), começaram a se sentirem chamados para pregar em lugares distantes.

Além do comprometimento com a oração, eles também eram extremamente comprometidos com a obra missionária. Reconheciam o chamado da Grande Comissão, sabiam que precisavam pregar o Evangelho aos que nada sabiam sobre o Evangelho e entendiam que eram responsáveis por pregar o Evangelho aos perdidos. Assim, no espaço de 20 anos, a igreja dos morávios enviou mais missionários para o mundo do que todas as igrejas protestantes em 200 anos!

Os irmãos morávios, dirigidos por Zinzendorf e outros líderes, enviaram missionários para: Ilhas Virgens (1732); Groenlândia (1733); Suriname (1735); África do Sul (1736); Jamaica (1750); Canadá (1771); Austrália (1850); Tibet (1856), entre outros longínquos lugares.

Nos primeiros 100 anos de atividade (de 1732 a 1832), os irmãos morávios obtiveram o impressionante número de 40 mil membros, 209 missionários e 41 centros de missões ao redor do mundo! Em 150 anos enviaram 2.158 missionários.

Quando Zinzendorf era questionado sobre o real motivo para tão expressivo e sacrificial movimento missionário, respondia: “estamos indo buscar para o Cordeiro o galardão do Seu sacrifício”. Baseado em Isaías 53:11.

Zinzendorf morreu aos 60 anos em Herrnhut, pastoreando até o fim de seus dias.
Assim como o Senhor Jesus, foi obediente até a morte para cumprir as Escrituras.
O líder morávio procurou seguir o exemplo do Filho de Deus.

- Traduzido por: Francisco Coelho

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