sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

As três petições por avivamento:

Moisés diante da glória de Deus

por Juan de Paula

Êxodo 33: 12-23

Sermão ministrado na Igreja Batista Central de Japuíba, Angra dos Reis-RJ

Introdução:

* Domingo pela manhã foi exposta a introdução do capítulo: A violação e quebra do pacto de Deus adorando o bezerro de ouro (Ex 32) praticando idolatria.

* No início do capítulo há um sentimento de tristeza da parte do povo devido à teimosia e obstinação. Deus não era com eles, pois falava com Moisés na tenda do encontro fora do acampamento.

* Aprendemos que um sentimento de tristeza, uma apatia espiritual e um afastamento de Deus são situações que precedem um avivamento espiritual.

Doutrina: Um avivamento é marcado pela revelação da presença de Deus e a manifestação da Sua glória e majestade. Aprenderemos três petições com Moisés para um avivamento.


1 – Moisés roga a presença de Deus pedindo a condução para a terra prometida e a aceitação da parte de Deus pelo povo (12-14):

Um avivamento é marcado pela presença de Deus, é uma visitação Dele. Moisés sabe de sua missão mas confessa a sua incapacidade de executa-la sozinho. Ele “apela” a promessa do Deus da aliança.

1. – Móisés pede a revelação dos propósitos de Deus (13).

2. – A motivação para a petição de Moisés é o conhecimento de Deus (Heb. Relacionamento) e a continuidade da aceitação da parte de Deus (renovação da aliança consumada no capítulo 34).

No verso 14, o Senhor responde em fidelidade o cumprimento da promessa de acompanha-lo e lhe dar descanso.

Ilustração: John Knox, reformador Escocês e pai do presbiterianismo, fez a seguinte oração: “Deus , ou da-me a Escócia, ou tira-me a vida” e foi usando tremendamente pelo Senhor em Sua obra na Escócia.

Aplicação:

1 – Cristãos devem pedir ao Espírito Santo que iluminem mentes e corações para maior entendimento dos propósitos de Deus revelados nas Sagradas Escrituras para….

2. – Terem maior conhecimento e intimidade com Ele. Para deleitar a alma Nele que é a fonte de toda a nossa satisfação. A glória de Deus e o deleite da alma humana não se contradizem e se relacionam mutuamente. Jonathan Edwards diz “Deus, ao buscar a Sua glória, busca também o bem das suas criaturas porque a emanação da Sua glória….pressupõe a felicidade de Suas criaturas.” John Piper complementa dizendo que a glória de Deus e a felicidade humana são em si as mesmas coisas. A glória de Deus é a fonte de nossa satisfação e de nosso deleite.

3. – A manifestação da presença de Deus renova a nossa relação com Ele pois fomos aceitos por Ele na justificação mediante a fé em Cristo Jesus. Pecadores são aceitos por um Deus Santo através da obra de Cristo na cruz. A justiça de Cristo foi imputada a nós pois Cristo obedeceu a lei de forma perfeita por nós.

4. – Devemos descansar nas promessas do Senhor, pois em Cristo, Ele nunca nos abandorará (Jo 10:18). Ele nos guiará para a terra prometida e nos dará descanso eterno, pois na nova criação não haverá mais dor, não haverá mais choro. “Uma das marcas do crente é meditar na vida futura” João Calvino.


2 – Moisés roga a presença de Deus pedindo que Deus não os abandone (15-17):

Moisés pede ao Senhor que não os envie se o Senhor não for com eles. Moisés reconhece e confessa que não valerá a pena ir com eles se o Senhor não for com eles. “Você seria feliz no céu, se Cristo não estivesse lá?” John Piper (Deus é o Evangelho, p.14).

2.1 – Moisés roga que Deus os acompanhe para saberem que Ele é Deus. (16)

2.2 – Moisés roga para Deus que confirme o Seu amor na eleição e separação do povo de Israel. (16)

Deus responde positivamente pois se agrada de Moisés. (17).

Aplicação:

1 – Podemos pedir ao Senhor que nos visite para nós e todos ao redor (indivíduos, famílias, igrejas e sociedades) saibam que Ele é Deus e nós, o Seu povo.

2 – Oremos por avivamento no Brasil, pelas nossas igrejas, para que Deus manifeste a sua presença entre nós porque a igreja é composta pelos eleitos de Deus, amados por Ele. Deus não abandona os seus.

3 – A obediência a Deus é fruto de sua graça em nós, seus escolhidos. Ele opera em nós a salvação e coopera com o nosso esforço, de forma graciosa, para a santificação. O crente tem prazer na lei do Senhor (Sl 1:2).


3 – Móisés roga a Deus que mostre a Sua Glória (18-24):

Moisés revela o seu anseio, assim como todo ser humano: Ser satisfeito em Deus, pois fomos criados para isso como está na primeira pergunta do breve catecismo puritano:

1. Pergunta. Qual é o objetivo principal do homem?

Resposta. O objetivo principal do homem é glorificar a Deus (I Coríntios 10:31), e ter comunhão com Ele para sempre (Salmo 73:25-26).”

John Piper esclarece que o homem glorifica a Deus ao se satisfazer Nele para sempre (Teologia da Alegria ou Em busca de Deus).

3.1 – Deus responde a Moisés afirmando a sua misericórdia e soberania na redenção (19 cf. Rm 9:15).

3.2 – Deus diz que ninguém pode ver a sua face e continuar vivo (20). Mas pelo seu amor para com o seu servo, Deus da um vislumbre de sua glória a Moisés tomando forma (antropomorfia) e se revelando a Ele.

Jonathan Edwards conta que estava andando a cavalo para meditar e teve uma percepção da glória de Deus inimaginável e indescritível. (Citado por D.M Lloyd-Jones no livro “Avivamento”)

Aplicação:

1 – Deus é misericordioso e gracioso na redenção de pecadores. Ele tem bondade de quem quer e rejeita quem quer. Essa doutrina nos humilha mas precisamos aceita-la pois é bíblica e glorifica o Senhor, pois a salvação é para glória Dele. Conforme diz um amigo: “quando descobri essa doutrina o evangelho ficou mais saboroso”.

2 – Devemos orar a Deus pedindo mais Dele. Pedindo a Sua glória sobre nós. Devemos orar para Deus revelar a Sua glória para nos deleitarmos nela. Devemos nos apaixonar pela glória do Senhor e sermos satisfeitos nela mais do que tudo e do que todos.


Conclusão:

A sede por Deus e a paixão pela Sua glória marcam um verdadeiro avivamento bíblico. Deus nos visita para que sejamos satisfeitos Nele. Assim como Moisés, nós devemos pedir que a boa mão do Senhor visite a igreja no Brasil para que os eleitos conheçam o Senhor e nós nos deleitemos Nele mais e mais com profundidade.

A Ele seja toda honra, toda glória, todo louvor e toda adoração. Deus vos abençoe.

terça-feira, 28 de dezembro de 2010



Igreja Anglicana: Do começo ao fim
A Igreja Anglicana está prestes a se dividir. E esse destino foi traçado no momento de sua fundação: quando o rei Henrique 8o decidiu romper com a Igreja Católica para se divorciar da esposa e se casar com a amante. Desde então, ela segue um passo à frente da maioria das igrejas cristãs – há 60 anos tem mulheres entre seus sacerdotes, há 10 admite gays no clero e recentemente celebrou um casamento entre homossexuais. Por ser tão moderna, arrebanhou milhões de fiéis pelos 5 continentes. Por ser tão moderna, está se desintegrando. O seu maior trunfo se transformou em seu maior conflito, num dilema que questiona os limites de uma religião baseada na fé em Cristo e no evangelho. A história, do início ao fim, você lê aqui.

Capítulo 1: O início

Inglaterra, 1533. O rei Henrique 8o era casado havia 24 anos com Catarina de Aragão. Com ela, teve 6 filhos, mas só um deles, uma menina, sobreviveu. Preocupado com o futuro do trono, Henrique deixou-se encantar por Ana Bolena – uma dama educada, culta, jovem e louca para subir na vida. O rei pediu o divórcio. O papa Clemente 7o negou. E ainda se recusou a abençoar a sua segunda união. Henrique 8o não pensou duas vezes: cortou relações com Roma e se declarou o chefe de uma nova Igreja – a Igreja Anglicana.

Essa é a parte da história que você conhece. Uma versão muito simplista, diriam os anglicanos. Segundo eles, o desejo de separação já estava presente bem antes desse episódio. Desde o século 2, para ser mais exato. Naquele tempo, ainda não havia a religião católica. Existia apenas o cristianismo. Onde os apóstolos paravam, construíam uma igreja, que ganhava o nome do povo local. Na Grã-Bretanha, virou Igreja Celta: uma adaptação do cristianismo aos costumes, crenças e tradições da região.

No século 6, já a mando da Igreja Católica, santo Agostinho se estabeleceu na cidade inglesa de Cantuária, com o objetivo de converter os anglo-saxões. Virou o arcebispo de Cantuária e colocou a Inglaterra sob a tutela do Vaticano.

Foi assim por quase 1 000 anos, até que o rei, particularmente afetado pelas regras do catolicismo, decidiu proclamar a independência.

Nascia a igreja mais liberal do século 16.

Capítulo 2: A conquista de fiéis

Em tempos de conquista de territórios, angariar fiéis não era das tarefas mais difíceis: a metrópole simplesmente impunha sua religião à colônia.

Mas a Igreja Anglicana fez diferente. Deixou que os povos colonizados contribuíssem com seus próprios valores e idéias. A adaptação era peça fundadora e fundamental da sua estrutura.

Os anglicanos acreditam na Santíssima Trindade e seguem, como todos os cristãos, as Sagradas Escrituras. Entre o catolicismo e o protestantismo, escolheram o caminho do meio. Dos católicos, pegaram a sua hierarquia de padres, bispos e arcebispos. Mas, como os protestantes, eles não aceitam a autoridade do papa (veja o boxe da pág.82). A figura que mais se aproxima disso é o arcebispo de Cantuária – nome herdado de santo Agostinho –, que passa recomendações e mantém a unidade da Igreja no mundo. Mas não impõe nenhuma decisão.

Cada província (o grupo de cada país) é livre para questionar as recomendações do líder, que só entram em vigor após serem discutidas entre representantes do clero e dos leigos. Tudo por respeito à filosofia anglicana, que pressupõe a crença inabalável na maturidade dos fiéis. À Igreja cabe apenas a função de orientar os membros por meio do conhecimento do evangelho.

E assim, democraticamente, cada província construiu uma personalidade, que se reflete até no nome. Não existe uma única Igreja Anglicana: há a Igreja da Inglaterra, a Igreja da Irlanda, a Igreja Episcopal dos EUA, a Igreja Episcopal Anglicana do Brasil, e por aí vai. Todas elas reunidas na chamada Comunhão Anglicana, presente em 160 países de todos os continentes do globo. Ao todo, são 80 milhões de fiéis, o suficiente para fazer dos anglicanos a 3a maior comunidade cristã do mundo.

Capítulo 3: A adaptação aos tempos

Em 1944, a Igreja de Hong Kong passava por uma situação singular: não havia homens dispostos a assumir cargos de sacerdócio. Os bispos da província decidiram, então, ordenar uma mulher. Florence Li Tim Oi foi mandada para a colônia de Macau e entrou para a história como a primeira sacerdotisa de uma religião cristã.

Na Igreja Anglicana, as decisões, em geral, aparecem antes dos conflitos: com Florence Li Tim Oi, a discussão de gênero veio à tona. A questão só foi debatida oficialmente em 1968. E precisou de outros 10 anos para que a ordenação feminina fosse recomendada. Não parece uma questão tão complexa. Mas é. Os religiosos mais conservadores entendem que, uma vez que Jesus nomeou 12 apóstolos, todos homens, sacerdotes mulheres vão contra a ordem natural da Igreja. Os liberais discordam, argumentando que essa leitura restrita do evangelho pode dar margem a discriminações. E são a maioria. Hoje, grande parte das províncias aceita mulheres na hierarquia da Igreja.

“Os anglicanos enfrentam os desafios da sociedade moderna com muita propriedade. Em vez de expurgar uma facção dissidente, eles tentam conviver com a diversidade”, diz o sociólogo Edin Sued Abmansur, professor de teologia da PUC de São Paulo. Não é por acaso que boa parte dos novos fiéis venha de outras denominações cristãs – em geral, são ex-católicos e ex-evangélicos –, em busca de aceitação e acolhimento.

Na Inglaterra, por exemplo, a comunidade gay representa cerca de 50% do total. Natural que, com o tempo, alguns deles quisessem participar do clero. Em novembro de 2003, foi ordenado o primeiro bispo assumidamente homossexual da Igreja Anglicana. Gene Robinson, separado e pai de dois filhos, desbancou 3 concorrentes e foi o escolhido para ocupar o cargo na paróquia de New Hampshire, nos EUA.

As Igrejas da África e Ásia e algumas paróquias americanas pediram a expulsão da Igreja Episcopal dos EUA. Em assembléia, o pedido foi negado e outros sacerdotes gays começaram a ser ordenados ao redor do mundo.

A democracia que agregava, abria cada vez mais espaço para divergências: a divisão entre liberais e conservadores ficava cada vez mais clara.

Capítulo 4: A gota d·água

Junho, 2008. A capela londrina de São Bartolomeu estava enfeitada para mais um casamento. O noivo, Peter, esperava ansioso a entrada de seu futuro esposo, David. A decisão do reverendo Martin Dudley, de celebrar com toda a pompa e liturgia anglicana a união entre dois homens, desobedecia a ordem de seu superior, o bispo Richard Chartres. Mas Dudley comprou a briga. “Fiz o que acho certo”, disse.

Peter e David – ambos pastores – trocaram alianças e voltaram para casa sob uma chuva de confetes, sabendo que aquele seria um marco para os anglicanos. Um golpe talvez forte demais para a ala conservadora, que havia muito tempo vinha engolindo em seco as decisões de modernização da Igreja.

“A prática da homossexualidade é um pecado que fere as Escrituras”, diz o bispo Robinson Cavalcanti, da diocese do Recife. Robinson faz coro com outras dioceses conservadoras que têm se mobilizado contra a ordenação e o casamento de homossexuais. Uma contradição, segundo o reverendo Richard Haggis, padre anglicano que já pertenceu à diocese de Londres. “Se Chartres fosse coerente com sua decisão de proibir o casamento entre homossexuais, teria que expulsar todos os padres gays de sua diocese. E, se essa caça às bruxas fosse bem-feita, deixaria cerca de 40% das vagas para serem preenchidas no próximo ano”, provoca. Dudley poderá ser punido. Ou não. Tudo depende do que for decidido nos próximos dias.

Os conservadores já têm uma posição bem clara. No mês passado, 300 de seus bispos se juntaram em uma assembléia independente realizada em Jerusalém e, num manifesto público, afirmaram que não reconhecem como membros da mesma comunidade religiosa a Igreja Episcopal dos EUA e a Igreja Anglicana do Canadá – duas das províncias mais liberais. Também disseram que não almejam o rompimento com a Comunidade Anglicana, mas rejeitam a autoridade do arcebispo de Cantuária assim como a ordenação de mulheres e de homossexuais ou o casamento entre pessoas do mesmo sexo.

O recado foi dado: depois de 5 séculos, um novo caminho está surgindo para o anglicanismo.

Capítulo 5: O fim

Enquanto você folheia estas páginas, o futuro da religião anglicana está sendo discutido na Conferência de Lambeth, uma reunião realizada a cada 10 anos com os representantes da comunhão para debater os rumos da Igreja no mundo.

No Palácio de Lambeth, residência do arcebispo de Cantuária, o clima é tenso: 200 dos 800 convocados se recusaram a comparecer, em solidariedade ao bloco conservador. Mas tudo indica que a Igreja não vai recuar. “Não temos como ir contra a história e voltar atrás em nossas conquistas”, adianta Luiz Alberto Barbosa, presidente da Câmara dos Clérigos e Leigos da Igreja Episcopal Anglicana do Brasil, que reúne representantes de todas as dioceses brasileiras. “Temos um problema e não vamos escondê-lo. Vamos discuti-lo.”

Essa discussão esbarra nos princípios do anglicanismo, segundo os quais cada um deve, à luz de sua fé e confiança em Deus, decidir o próprio caminho, por meio da liberdade individual, da autonomia e do discernimento. Ironicamente, essa visão, que motivou a formação da Igreja e que sempre a diferenciou das tradicionais seguidoras de Jesus Cristo, é também a causa do seu enfraquecimento.

Se os bispos liberais não estiverem mesmo dispostos a abrir mão de suas conquistas e os conservadores se mantiverem irredutíveis em suas decisões, estarão caminhando em direção ao cisma. Aos conservadores, ficariam duas opções: formar uma nova Igreja ou voltar às origens, juntando-se à Igreja Católica. E aos 80 milhões de seguidores da Comunhão Anglicana caberia decidir de que lado ficar. Decisões que envolvem riscos. “O desafio da modernidade se impõe a todas as Igrejas. A que tentar se adaptar aos novos tempos sempre terá um preço a pagar”, diz o sociólogo Edin Abmansur.

Michelle Veronese


segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Flávio Josefo
Flávio Josefo, Flávio José (em latim Flavius Josephus) , nascido Yosef Ben-Matityahu (c. Jerusalém 37 ou 38Roma c. 100 ou 103) é um conhecido historiador judeu do século I.

Biografia

Todas as informações disponíveis sobre Flávio Josefo são oriundas de sua auto-biografia. De acordo com esta teria nascido em Yirushalayim (Jerusalém) em uma família de cohanim onde teria recebido uma educação sólida na Torá. Posteriormente teria por conta própria estudado com os saduceus, os fariseus e os essênios optando por aderir ao farisaísmo. Em 64d.C., seguiu numa embaixada a Roma onde defenderia com êxito a causa de alguns sacerdotes hebreus condenados pelo procônsul romano Félix. Retornando à Judéia, Flávio buscou persuadir os judeus para que não se rebelassem contra Roma devido ao poderio militar destes. Porém com o início da revolta em 66, Josefo foi considerado um especialista nas questões políticas e foi enviado como governador militar da Galiléia pelo San’hedrin ( Sinédrio) assumindo o supremo comando. Desaveio-se violentamente com os extremistas patrióticos, acusado de tendência à contemporização.
Depois de participar de vários combates, em 67 as tropas de Vespasiano tomaram Jotápata na Galiléia, e Josefo com quarenta homens escondeu-se em uma cisterna. O esconderijo foi descoberto e Vespasiano propôs-lhes que se rendessem, em troca, pouparia-lhes suas vidas. Os judeus preferiram a morte a se entregarem aos romanos, e passaram a lançar sortes para que um matassem o outro até todos terem morrido. Em circunstâncias não bem esclarecidas, sobraram apenas Josefo e mais um homem, a quem convenceu de entregarem-se aos romanos. Ao se entregar Josefo predisse que Vespasiano tornar-se-ia imperador, o que aconteceu em pouco tempo, e fez com que Vespasiano libertasse Josefo. Josefo assumiu o nome romano de seu protetor Flávio Vespasiano e recebeu a cidadania romana, uma pensão em Roma, assim como o livre acesso à corte de Tito e de Domiciano.
Devido a sua adesão aos romanos, até os dias de hoje Flávio Josefo é considerado traidor do povo judeu.

Obras

Escreveu um relato da Grande Revolta Judaica, dirigida à comunidade judaica da Mesopotâmia, em língua aramaica. Escreveu, depois, em grego, outra obra de cariz histórico que abarcava o período que vai dos Macabeus até à queda de Jerusalém. Este livro, a "Guerra Judaica", foi publicado em 79. A maior parte do livro é directamente inspirada na sua própria vida e experiência militar e administrativa.
As Antiguidades Judaicas, (escritas cerca de 94 em grego, é a história dos Judeus desde a criação do Génesis até à irrupção da guerra da década de 60. Acrescentou, no final, um apêndice autobiográfico onde defendeu a sua posição colaboracionista em relação aos invasores romanos. O seu relato, ainda que com um paralelismo evidente em relação ao Antigo Testamento, não é idêntico ao das escrituras sagradas. Há quem defenda que estas diferenças se devam à possibilidade de Josefo ter tido acesso a documentos antigos (que remontariam até à época de Neemias) que teriam sobrevivido à destruição do templo. A maior parte dos académicos não dá crédito a tal suposição. Neste livro encontra-se o famoso Testimonium Flavianum, uma das referências mais antigas à Jesus mas considerada uma interpolação fraudulenta posterior por grande parte dos estudiosos.
Contra Ápion é outra obra importante deste autor, onde o Judaísmo é defendido como religião e filosofia realmente clássica, em contraponto às tradições mais recentes dos gregos. O livro serve para expor e refutar algumas alegações anti-semíticas de Ápion, bem como mitos antigos, como os de Maneton.
Sua última obra, foi uma autobiografia, que nos revela o nome do adversário ("Justo, filho de Pistos, de Tiberíade"), ao qual essa obra vem responder e as censuras que lhe faz Josefo. Essa obra é cheia de lacunas, confusa e hipertrofiada. E ela traz sobre a vida de Josefo informações preciosas, que não encontramos em nenhum outro historiador da antiguidade.

Fonte:wikipédia

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010


Porque Clamar ao Senhor nas Tribulações?

Salmo 130. 1 – 8

Lembro-me que por volta de 01:30 da madrugada tinha terminado de estudar e preparar o Sermão. Estava com o coração pesado e bastante pensativo por causa de algumas dificuldades, Na época estávamos em Arapiraca-AL e este era meu primeiro campo fora da capital, Maceió. Meu filho John Wesley,9, ainda estava acordado e ao me ver entrar na Igreja para orar, me acompanhou na oração. Ele sabia de tudo que estava acontecendo. Havia saído da empresa a 5 meses para me dedicar as missões, e ainda não tinha recebido rescisão, FGTS, nem Seguro Desemprego. Meu filho em oração, de joelhos dobrados, disse “ Senhor abençoa meu pai, pra que ele receba o seguro desemprego, para comprar as coisas aqui pra casa “, fiquei emocionado diante da sensibilidade dele e da oração tão simples que acabara de fazer. No dia seguinte um irmão visitando a igreja ao termino do culto me deu um cheque de R$ 500,00; NO OUTRO DIA um empresário ligou pra mim e ao chegar a seu local de trabalho me deu R$ 500,00; E DOIS DIAS DEPOIS uma irmã me abençoou com R$ 600,00. Assim, pude comprar as roupas dos meus dois filhos e garantir a Ceia de Natal com a família. Foi um final de ano abençoado. Deus providenciou todas as nossas necessidades, num momento que estávamos com muitas dificuldades.

O Salmo 130 é dos cânticos de romagem ou de peregrinação cantados pelos peregrinos quando caminhavam para Jerusalém na celebração das festas anuais da Páscoa, de Pentecostes e dos Tabernáculos. Neste Salmo o salmista estava em aperto, EM DIFICULDADE TÃO INTENSA QUE ELE CHAMA DE “ PROFUNDEZAS “ , não sabemos precisar quais eram seus temores, entretanto, aprendemos com o salmista algumas lições relacionadas ao clamor.

“ Por que Clamar ao Senhor em Meio as Tribulações ? “ é o tema de nossa reflexão.

1. Pela Certeza de que Seremos Ouvidos pelo Senhor

Os versos 1 e 2 não se tratam de uma expectativa, e sim de uma certeza que o salmista tinha de que seria ouvido pelo Senhor. Quando o povo de Deus clama com sinceridade, Ele escuta, e esta era a certeza do salmista, e deve ser a nossa também. Ele está ouvindo o nosso clamor.

O Senhor se aproxima dos que o invocam, daqueles que o invocam com sinceridade. Ele satisfará o desejo dos que o temem, ouvirá seus clamores e os salvará. Salmos 145.18 -19.

Em muitas ocasiões da vida, em virtude de tantas dificuldades muitos deixam de orar, e andam na contra mão da fé, da obediência e da esperança em Deus. Porém, seja qual for nossos problemas devemos clamar ao Senhor. Nas palavras do grande reformador suíço, João Calvino (1509-1564),"A oração é o antídoto para todas as nossas aflições."

Tenha certeza de que em suas aflições e temores, ainda que esteja nas profundezas do sofrimento o Senhor escutará o seu clamor.

“ Esperei com paciência pelo Senhor; ele se inclinou para mim e me ouviu quando clamei por socorro Sl 40.1 “.

2. Porque Deus é a Fonte de Nossa Esperança

Este salmo é também um cântico de esperança, aqui o salmista expressa sua confiança e esperança no Senhor em meio as dificuldades de sua existência. Em meio as tribulações é preciso ter esperança, pois a esperança tem o seu valor Quem teve a idéia de cortar o tempo em fatias, a que se deu o nome de ano, foi um indivíduo genial. Industrializou a esperança, fazendo-a funcionar no limite da exaustão. Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar e entregar os pontos. Aí entra o milagre da renovação e tudo começa outra vez, com outro número e outra vontade de acreditar que daqui para frente... Tudo vai ser diferente!as letras de Carlos Drummond nos ajudam a perceber a importância da esperança, principalmente, para o povo de Deus que em tantos momentos esteve prestes a cantar a musica da derrota, da desistência e do fracasso, e de forma inesperada temos nossas forças renovadas e voltamos a cantar o hino da vitoria.

Estando nossa esperança em Deus, mesmo nas profundezas da dor e da tribulação continuaremos a esperar no Senhor na certeza de que nossa vitoria virá

. É com a esperança posta em Deus que assim canta o salmista “ Aguardo o Senhor, a minha alma o aguarda; eu espero na sua palavra v. 5“.

Em meio às tribulações nunca perca a esperança, espere no Senhor, pois é Ele que nos salva.

3. Porque em Deus há misericórdia

O salmista pede pra que Deus não leve em conta as suas faltas, pois se Ele não o fizer ninguém viverá. Dessa forma o poeta afirma que em Deus está o perdão e que o perdão levará ao temor.

Mesmo nas profundezas do seu sofrer o salmista não lamenta, não amaldiçoa a sua existência, não se lastima, muito pelo contrário, ele CANTA “ ...A minha alma anseia pelo Senhor mais do que os guardas pelo romper da manhã..v 6” , eis ai o segredo, clamar ao Senhor mesmo em tribulações. E porque devemos fazer isso? Simplesmente por causa de sua misericórdia:

Misericórdia tem um significado muito profundo. Vindo da palavra hebraica hesed usada principalmente em Oséias, ela quer dizer amor incondicional, compaixão. Em Latim, significa sofrimento (miséria) do coração.

Na teologia ela tem um significado de não aplicar a punição merecida. Ou seja, quando nós pecamos, muitas vezes Deus não nos pune, não nos castiga com o castigo que mereceríamos.

Talvez os sofrimentos do salmista eram provenientes de algum pecado, de qualquer forma ele ora, ele busca, ele clama ao Senhor buscando sua misericórdia.

Matthew Henry (1662-1714), disse certa vez "Sempre que Deus tenciona exercer misericórdia para com seu povo, a primeira coisa que faz é levá-lo a orar."

Se você está orando mesmo em tribulação, é indicio de que o Senhor estar agindo, não deixe de orar, continue.

Em sua misericórdia Deus nos socorre seja qual for nossos problemas.

Conclusão

Em meio às tribulações clame ao Senhor, pois ele ouvirá o seu clamor. Espere no Senhor, mantenha viva a sua esperança N’ele e finalmente conte com a misericórdia do Senhor, por certo ele descerá e nos salvará das profundezas de nossos problemas existenciais mais diversos.

"A oração é o meio escolhido por Deus para realizar os Seus propósitos soberanos através de homens submissos."

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

CONFIANDO EM DEUS EM MEIO AS ADEVERSIDADES

Atos dos Apostolos

27. 21-26

Resumo da mensagem proferida na Igreja Presbiteriana de Ituiutaba-MG

19/09/10

Confiança em momentos de bênçãos, de alegria, de aconchego e de prazeres é muito facil.

Porém, como confiar em Deus nas tribulações, quando as privações, lutas e infortúnios nos assolam?

Por que confiar em Deus em meio a diversidade?

Basicamente por três razões:

1. 1. Porque Deus “ acompanha a vida dos seus servos “ v 23

· Paulo, apostolo, servo e ministro de Cristo. Encontrava-se em uma embarcação, aprisionado. Tratado com escravo. Porém, Deus acompanhava sua vida, seus passos e seus infortúnios e por isso lhe manda um anjo e lhe consola.

· Na vida do cristão não existe acasos ou conhecidencias, pois as mãos de Deus guia o nosso destino. Deus sabe de cada passo, cada anseio, cada luta que travamos.

P Precisamos ter essa convicção “ de que Deus dirige o nosso caminho”, ele acompanha a vida dos seus servos. E esta é a garantia da nossa vitória.

2. Porque Deus diz “ NÃO TEMAS “ v 24

Paulo em meio adversidade do momento recebe uma palavra de conforto da parte de Deus, pois nem sempre nos momentos de aflições temos uma palavra de nossos irmãos, amigos ou da própria comunidade cristã. Entretanto, Deus está com o apostolo e lhe revela seus cuidados e diz " NÃO TEMAS ".

Esta expressão pode significar duas coisas:

Por mais de 365 vezes aperece tal expressão nas Escrituras

A primeira é “ não tenha medo “, não tema os perigos, as lutas e angustias. Isso significa que Deus é maior que nossos problemas, e que o mesmo se constitui em nosso ESCUDO E FORTALEZA.

A segunda é “ confie e Eu providenciarei todas as coisas “ , Aqui temos: OS CUIDADOS DIVINOS SOBRE NOSSAS VIDAS.

Rev. Ronaldo Lidório " Estive recentemente visitando uma região próxima a Maraã no coração da Amazônia onde vivem os Kambeba, Kokama e Miranha. Eram tidos, até pouco tempo atrás, como grupos indígenas ainda não alcançados pelo evangelho. Tamanha foi minha surpresa ao chegar entre eles e ver ali a presença de uma forte igreja evangélica, que louva a Deus com fervor e amor. Procurando os autores daquele trabalho missionário nos apontaram alguns crentes ribeirinhos, especialmente o Sr. João, como é conhecido. Fui entrevistá-los. Pessoas simples, alguns ainda iletrados, mas com tremenda paixão pelo Senhor Jesus. Viviam em um "flutuante" formado por um cômodo apenas e, além das redes, possuiam somente uma cadeira e uma panela. Contaram-me então como, através do escambo e comércio com os indígenas, conseguiram lhes transmitir o evangelho e plantar ali uma forte igreja.


Perguntei-lhes: "Mas como vieram parar aqui, em região tão distante ?"


Responderam- me: "viemos ganhar a vida".


"E como está a vida" – lhes perguntei.

"Vai muito bem. Já plantamos 6 igrejas".


Aqueles eram missionários sem sustento, aplausos ou reconhecimento. Eram servos de Jesus que confundiam o ganhar da vida com o ganhar de almas. Homens que passavam privações profundas para que o evangelho chegasse até ao final do rio Maraã.

Deus diz “’ NÃO TEMAS “ e quando confiamos em seus cuidados não temeremos as adversidades.

3. 3. Porque Deus e a sua graça é a garantia de SALVAÇÃO V 24

Paulo recebe uma mensagem angelical e a mesma diz “ que pela graça “ ele seria salvo daquele infortúnio e não perderia sua vida. E interessante notar os cuidados de Paulo para com os prisioneiros. Deus em sua graça incompreensivel e maravilhosa livra tanto o apostolo como os prisioneiros da morte certa.

É justamente essa graça que nos livra, nos salva, e nos fortalece para e nos momentos de adversidades. Paulo foi fortalecido por esta graça.

Devemos confiar em Deus em meio a adversidade porque a graça de Deus é a garantia da salvação.

Essa graça é poderosa, providencial e misteriosa.

ESSA GRAÇA NUNCA NOS ABANDONARÁ!

CONCLUSÃO

Que possamos dizr como Paulo “ ... tende coragem! Pois eu confio em Deus que tudo se cumprirá conforme me foi anunciado.

Oração:

Senhor,nos conceda a graça de sermos fiéis e a confiar em Ti, nos teus cuidados, na tua proteção e amor. Que em meio as mais ferozes adversidades possamos sempre confiar em TI. Amém.

domingo, 5 de setembro de 2010


Barth: Uma teologia comprometida com Cristo

UM RETRATO A BICO DE PENA

"A grandeza de Barth é que ele corrige-se a si mesmo, continuamente à luz da 'situação', buscando cuidadosamente não se tornar seguidor de si mesmo". (Paul Tillich, Sistematic Theology, The University of Chicago Press, 1951, p. 5).
O contexto histórico das duas primeiras décadas dos novècento constitui o pano de fundo da teologia de Karl Barth. A efervescência da Europa, envolvida numa primeira grande guerra e em violentos choques ideológicos, assim como a expansão do pensamento científico e a timidez do liberalismo teológico são, sem dúvida, agentes causadores da reflexão crítica que contribuiu para pesquisa e construção do pensamento de Barth. Depressão social, miséria, tragédia e bestialidade marcaram indelevelmente sua reflexão sobre o cristianismo e as necessidades do homem moderno.
Até o caos e a destruição da I Guerra Mundial envolverem a Europa, a teologia estava emaranhada em discussões como a imanência de Deus e o ser humano como agente moral e livre, a centralidade de Deus, a religião ética, a fé racional e experimental, o criticismo bíblico e a escatologia, sendo esta última sempre otimista e progressista.
É importante observar que a teologia liberal, como qualquer reflexão, traduzia preocupações de época, assim dava ênfase ao racionalismo do século 18, época em que nasceu, cresceu e amadureceu. A teologia liberal afirmava, entre outras coisas, que o homem pode chegar ao conhecimento de Deus por meio da revelação geral, ou seja, através da revelação de Deus na criação/natureza, ou ainda, que o homem é capaz de chegar ao conhecimento de Deus por meio da razão. Tal compreensão do fazer teológico é característico da teologia natural, segundo a qual a base da fé é a revelação comprovada pela razão. Assim, a teologia liberal procurou sempre estabelecer teorias acerca do conhecimento de Deus, partindo de fontes como as ciências e as filosofias. Se teorias podiam levar ao conhecimento de Deus, práticas e/ou processos que expressassem essas teorias poderiam levar à salvação. E aqui entram, por exemplo, a ética e justiça social.
Ora, o contraste entre o panorama histórico desses anos de guerra e destruição e o que propunha a teologia liberal era difícil de engolir. Como conciliar a tragédia da maldade humana e o racionalismo evolucionista, detentor das chaves para um mundo melhor?
Cresce para Barth a importância dos reformadores do século 16: de Lutero com as teologias do Sola Gratia, Sola Fide, Sola Scriptura, Coram Deo, Christus per Me, Anfechtung, e, logicamente, de Calvino. [Clory T. de Oliveira, A Teologia de Karl Barth e a missão da igreja, Revista Teológica da Associação de Seminários Teológicos Evangélicos, Simpósio 3, p. 235, dez. 1979].
A partir dessas realidades Barth foi construindo sua reflexão teológica, enquanto reação ao naturalismo da teologia liberal do século 19 e enquanto redescoberta da catedral teológica levantada pelos gênios da reforma protestante.
UM JOVEM EM BUSCA DE RESPOSTAS

Karl Barth nasceu em Basel, Suíça, no dia 10 de maio de 1886, e faleceu em dezembro de 1969. Filho de pais religiosos, foi educado em meio a pastores conservadores. Suas influências acadêmicas foram Kant, Hegel, Kierkegaard e teólogos como Calvino, Baur, Harnack e Hermann.
Em 1911 começou a pastorear uma pequena igreja do interior da Suíça e aí ficou até 1925. Durante esses anos conheceu Eduard Thuneysen, amigo que acompanhou e contribuiu em suas reflexões teológicas. Nessa época seu grande desafio era o que pregar a cada domingo. Em 1914, ele e Thuneysen resolveram buscar uma resposta ao desafio da pregação. Durante quatro anos, Thuneysen estudou Schleiermacher e Barth estudou Paulo. Como fruto desses estudos, em 1919, Barth publicou seu Comentário sobre Romanos.
A teologia de Barth recebe muitos nomes: teologia da crise, teologia dialética, teologia kerigmática, teologia da Palavra.
O que pregar? Qual a proclamação? O que falar à congregação? O desafio pastoral foi o ponto inicial do desenvolvimento de seu pensamento teológico, quando passou a sistematizar estudos e observações, produzindo uma obra notoriamente marcada pelo interesse social e político.
Em 1922, foi preletor de teologia reformada na Universidade de Gottingen, onde desenvolve a teologia dialética junto com Thuneysen, Bultmann, Gogarten e Brunner. Entre 1926 e 1930 foi professor e dedicou-se a pesquisa teológica e à produção científica. Iniciou a Dogmática da Igreja, obra que não chegou a terminar.
Nos anos de 1933 e 1934, envolveu-se no movimento de resistência à presença da ideologia nacional-socialista dentro da igreja luterana. Dessa resistência originou-se a Igreja Confessante. Em conseqüência de suas idéias e pregações, foi expulso da Alemanha. Passou então a lecionar na Suíça, onde abriu sua casa para refugiados e opositores do nazismo. Auxiliou estudantes e forneceu literatura teológica para os pastores alemães. Sua influência teológica cresceu mundialmente entre todas as igrejas cristãs. Depois da Segunda Guerra Mundial, levanta-se contra o estalinismo e pela paz na Europa, e afirma que "neste momento, a vocação da igreja é dizer: punhais à parte, é a hora da palavra".
Dentre a produção teológica de Barth, devemos destacar: Busque Deus e Você Viverá (1917); Comentário à Epístola aos Romanos (1918-1919); Não (1934); Esboço de Dogmática (1947); Cristo e Adão, segundo Romanos 5 (1952); A Humanidade de Deus (1956); Church Dogmatics, de 1932 até a sua morte.
A ASCENSÃO DO III REICH

Em 1933, o presidente Hindenburg confiou a Hitler a chancelaria do Reich. Assim, os nacionais socialistas subiram ao poder, mas não o detinham. Até aquele momento, apenas Hermann Goering, nomeado ministro do Interior da Prússia, ocupava um cargo de destaque. Os conservadores, por isso, acreditavam que detinham o controle da situação política na Alemanha.
Hitler, então, decide dissolver a Assembléia e convocar novas eleições para 5 de março, a fim de obter maioria no Reichstag. A campanha política começa no fim de fevereiro. Muitos são os entraves entre o Partido Nacional Socialista, o Partido Nacional Democrata e o Partido Centrista Católico. Reuniões e comícios são desfeitos. Goering passa a liderar a polícia e depois de algumas 'visitas' a Karl Liebknecht, dirigente do Partido Comunista, descobre documentos que denunciam a intenção dos comunistas de realizar uma revolução no país.
Dias depois o Reichstag é incendiado e Hitler consegue junto ao presidente Hindenburg autorização para suspender as sete seções da Constituição de Weimer. "Para a proteção do povo e do Estado", afirma Hitler. Assim estavam suspensas a liberdade de reunião, a liberdade de opinião e a liberdade de imprensa, e o chanceler nacional socialista passava a ter autorização para legislar nos casos em que houvesse recusa quanto ao cumprimento das medidas de segurança pública.
Iniciou-se dessa forma um período de terror nazista: todos os que não estivessem ligados ao Partido Nacional Socialista eram, em potencial, considerados perigo para a ordem social.
As reuniões foram proibidas e os caminhões da polícia S.A. (Sturn-Abteilung) transitavam pelas ruas espalhando o medo e o terror. Apesar da propaganda feita pelos nazistas, as eleições não foram ganhas como Hitler esperava. Consegue, então, que o Reichstag aprove um "decreto de habilitação" que lhe confere quatro anos de poder sobre o Legislativo, o que lhe possibilita governar como desejava. Para conseguir tal aprovação, impediu os comunistas e alguns democratas de votarem.
Hitler dissolve os partidos políticos e os coloca na ilegalidade. O Partido Nacional Socialista passa a ser considerado Estado.
À SOMBRA DE HITLER

Nessa época, a igreja evangélica alemã estava a procura de sua identidade. Durante anos existira à sombra do monarquia, quando seu bispo era também líder político. Agora, encontrava-se perdida na democracia criada pela Constituição de Weimar. Os católicos centristas e os socialistas formavam a base de sustentação da democracia, por isso os conservadores viam no nacional socialismo o alicerce para uma igreja forte e para a possibilidade de uma nova união com o Estado.
Assim, em 1933 a igreja alemã protestante estava predisposta a aceitar as idéias do nacional socialismo como proposta política segura para a formação de uma igreja forte.
No dia 23 de março de 1933, Hitler prometeu: "Os direitos das igrejas não serão atingidos. Suas relações com o Estado não serão modificadas".
Em 27 de agosto de 1933, Hitler declara: "A unidade dos alemães deve ser garantida por uma nova concepção do mundo, pois o cristianismo, sob a forma atual, não está à altura das exigências que é preciso impor aos elementos que asseguram a unidade alemã." [Daniel Cornu, Karl Barth: Teólogo da liberdade, RJ, 1971, p. 17].
A igreja evangélica alemã adapta-se ao ideário nacional socialista através do Movimento dos Cristãos Alemães e passa a fazer oposição cerrada ao marxismo, ao comunismo e ao judaísmo. O Movimento dos Cristãos Alemães pensa, inclusive, em criar a Igreja do Reich nacional-socialista.
É formado um triunvirato constituído por líderes eclesiásticos, que representa o conselho superior da Igreja Evangélica, os luteranos e os reformados. Elaboram um projeto de constituição que expressa a "alegria da igreja alemã em participar da formação de uma nação e do renascimento do sentimento patriótico". Vão mais longe e declaram:
"Um poderoso movimento nacional dominou e levantou nosso curso no seio da nação alemã despertada de seu sono. Dizemos um 'sim' agradecido a essa reviravolta da história. Foi Deus que nô-la deu. Glória a Ele! Ligados à Palavra de Deus, reconhecemos nesse grande evento de nosso tempo uma nova ordem do Senhor à sua Igreja..." [Daniel Cornu, idem, op. cit., p. 22].
De acordo com a constituição elaborada pelo triunvirato, um bispo designado pela maioria da liderança seria o representante da nova igreja alemã e teria poder de decisão correspondente ao Führer no Reich. Há então um desentendimento quanto as indicações. Friedrich von Bodelschwingh representa os moderados, e Ludwig Müller é o "protetor" dos cristãos alemães.
Apesar de Bodelschwingh ter sido nomeado, a discussão cresce na medida em que os cristãos alemães alegam que a decisão teria sido tomada sem que o homem de confiança do chanceler, Müller, tivesse sido consultado e, portanto, a nomeação seria ilegal. O bispo vê-se pressionado a renunciar ao cargo e escreve mensagens a respeito da grave situação. Não pode publicá-las em nenhum jornal e é forçado a enviá-las privadamente.
UM PASTOR E SUAS OVELHAS

Em 1911, Barth iniciara o pastoreado em Safenwill, no cantão da Argóvia, onde depara-se com a realidade rural e com os conflitos entre operários e patrões, que ocorriam na única fábrica existente na região e da qual dependia toda a comunidade. Barth passa, então, a envolver-se com as questões sociais e com os conflitos.
Por essa época torna-se socialista cristão e recebe influências de Herrmann Kutter e Léonard Ragaz. Participa de ações políticas e ajuda a organizar um sindicato. Em 1915, filia-se ao Partido Social Democrata.
Mas, com o início da Primeira Guerra Mundial, Barth vê sua fé liberal abalada, assim como seus ideais socialistas. Volta-se, então, para a esperança escatológica e através dos dois comentários teológicos que escreve a respeito da Epístola aos Romanos elabora a teologia da crise.
"Essa teologia, com efeito, proclama a crise do tempo pela eternidade: Deus proclama um julgamento sobre o homem, sua cultura e civilização. A existência humana é ligada à temporalidade, ao pecado e à morte. O conjunto de suas atividades religiosas, são aquelas de uma criatura pecadora. Entre o homem e Deus, a diferença qualitativa é infinita. O homem não pode atingir Deus por si mesmo. A relação não se estabelece senão pela revelação de Deus em Jesus Cristo, e esta toca o mundo sem penetrá-lo... Mesmo comunicado, Deus não é jamais possuído: sempre objeto de esperança, sempre a vir, sua presença é a cada instante um futuro eterno. Escatologia e transcendência fundem-se inteiramente. É tão somente na linha da morte, do ponto em que nossa existência se curva diante do não divino, que esse não se revela como sim, o juízo como uma graça. É no rigor de seu juízo que atingimos a realidade de Deus. Mas aí, no milagre da ressurreição e da fé, nós a atingimos verdadeiramente". [Idem, op. cit., p. 18].
Com o passar do tempo Barth elabora a teologia da Palavra, que significa um rompimento com seus amigos Emil Brunner, Friedrich Gogarten e Rudolf Bultmann. Nesse momento Barth deixa as questões de tempo e eternidade na ressurreição e passa a refletir sobre "o evento que os liga na encarnação", ou seja, a revelação, Palavra de Deus em Jesus Cristo encarnado. Quem o recebe, recebe a Palavra de Deus e se reveste de uma nova dignidade que pode ser reconhecida nos seus semelhantes e que dá base à ética. Portanto, a teologia da Palavra é uma cristologia.
Por estar comprometido com a realidade social, Barth (1933) reage ao nazismo, mas sua reflexão sobre as questões políticas é teológica, pois está preocupado com a fé cristã e com a igreja evangélica na Alemanha.
Escreve estão um manifesto -- A existência teológica hoje (Teologische Existenz heute) -- na noite de 24 para 25 de junho, quando Bodelschwingh se demite. O centro da discussão do manifesto de Barth é a questão da Palavra de Deus e sua importância no caráter e na vida do cristão. A teologia de Barth é cristológica e chama a atenção dos cristãos para o papel da igreja enquanto proclamadora da Palavra de Deus no mundo.
Esse manifesto teológico configurava-se como reação política, contrariando a proposição dos Cristãos Alemães de apoio e incorporação aos princípios do Reich.
"Parece-nos que o povo alemão, buscando voltar às fontes profundas de sua vida e de sua força, quer também reencontrar o caminho da igreja. As Igrejas Alemãs devem fazer tudo para que isso ocorra..."
"A igreja deve provar que é a Igreja do povo alemão ajudando esse último a reconhecer e a realizar a missão de que foi encarregado por Deus, e que é também objetivo supremo do atual governo".
"Para os Cristãos Alemães, a grandeza do Estado nacional socialista, não é apenas uma questão de civismo ou de convicção política, mas um objeto de fé. Reclamam uma igreja que compartilhe de seus pontos de vista e respeito. O Evangelho não deve ser anunciado no futuro senão segundo Evangelho do Terceiro Reich. A confissão de fé deve ser mantida, mas deve se desenvolver no sentido de uma defesa incondicional contra o mamonismo, bolchevismo e o pacifismo não cristão. A nova igreja será a igreja dos cristãos alemães, ou seja, dos cristãos de raça ariana..." [Trechos citados por Barth em Theologische Existenz heute, p.22-23].
O discurso de Barth estava dirigido aos líderes da igreja evangélica alemã, com o fim de chamar a atenção deles para a mensagem que estavam pregando. Não é uma resposta que procura refutar diretamente os Cristãos Alemães, mas, um alerta geral quanto a quem deve ser o centro da pregação cristã: Jesus Cristo.
Eram notórias as mudanças no cenário político, por isso seu manifesto analisa três questões preocupantes: "a questão da reforma eclesiástica, a da nomeação de um bispo do Reich e a existência do movimento dos Cristãos Alemães".
Para Barth não era possível que se visualizasse num evento da história uma "nova ordem para a igreja", isso só era possível por meio da revelação de Deus, a Palavra. Com relação a figura do bispo, um Führer dentro da igreja, mostra a clara associação do cargo com o Führer nacional socialista e para o modelo de onde foi tirado, o episcopado católico romano.
UM TEÓLOGO E SEU DEUS

Os tópicos apresentados a seguir estão escritos à maneira de roteiro. Optou-se por seguir a sistemática de Clory T. de Oliveira, autora do artigo A teologia de Karl Barth e a missão da igreja, fonte supracitada da pesquisa, por considerá-la coerente. Contudo, o conteúdo dos tópicos não segue o artigo, já que a eles foram acrescentados comentários.
I. Deus é o Inteiramente Outro -- Deus é absolutamente diferente. Não está relacionado a nenhum processo de aperfeiçoamento de algo que seja bom. Tudo que o ser humano pense a respeito das qualidades de Deus serão sempre projeções humanas.
II. A Palavra de Deus é Soberana --Para Barth a Bíblia é uma produção humana que pode tornar-se objetivável se for "revelada", "escrita" e "pregada" sob a ação do Espírito Santo, caso contrário, não é uma revelação de Deus. Portanto, é o Espírito Santo que legitima a palavra humana sobre Deus, do próprio Deus, sempre de modo contemporâneo. A mensagem só é considerada como vontade de Deus se for cristocêntrica.
III. O Inteiramente Outro torna-se o Irmão Humano -- Em Jesus Cristo tem-se o humano e o divino, sem contudo, manchar a transcendência de Deus. "Em Jesus Cristo, Deus coexiste com o homem", logo, há uma relação entre o homem e Deus que fundamenta a relação social da necessidade comunitária (relação homem/mulher). Mas não há possibilidade de que o homem tenha acesso a Deus. É sempre Deus que se dirige ao homem. "Deus é livre, a iniciativa é sempre Sua". O homem não pode ser salvo por meio de seus feitos e esforços, a salvação é obtida pelo favor de Deus, isto é, através da graça.
IV. Cristologia -- Para Barth tudo principia e finda na pessoa de Cristo, portanto, Cristo deve ser o centro da teologia. Basicamente a teologia é cristológica e a razão de existir da igreja é Cristo. Logo, entende-se que é sua tarefa a obra missionária e, para os que seguem a Cristo, o caráter e modo de vida de Cristo devem ser padrão, em Cristo e através do poder do Espírito Santo.
V. Graça, pecado e salvação -- Graça é o favor da parte de Deus que torna possível ao ser humano ser salvo, é uma iniciativa de Deus que favorece a humanidade. Por conseguinte, "crer na graça de Deus é ser agradecido; ser agradecido é receber a dádiva da graça e querer reparti-la com os outros..." Pecado não é parte da natureza do ser humano, mas, aconteceu na desobediência do homem ao seu Criador, portanto, houve a quebra de comunhão e separação de Deus. Salvação é uma obra da graça divina que expressa na obra de Jesus Cristo a verdadeira vida. O homem nada pode fazer para obtê-la, a não ser recebê-la por meio da fé.
Diz-se então que, segundo Barth, deve-se adorar somente a Deus, a Escritura basta para guiar a Igreja no

sentido da verdade e a graça de Cristo basta para regular nossa vida.
Sem dúvida alguma a teologia de Barth deve causar impacto na igreja contemporânea. Se não for assim, perde-se a oportunidade de se viver/testemunhar/comunicar o evangelho de modo sério e coerente. Há de se fazer observações ao pensamento teológico de Barth, principalmente quando é radical e submete a razão humana a uma posição de completo desprezo, contudo, mediante os fatos históricos e a análise de como se deram alguns acontecimentos terríveis, pode-se compreender o radicalismo de Barth em face dos colapsos sociais.
A teologia dialética pretende ser uma reação a teologia naturalista que se veiculava no século 19 tornando a igreja conformada e alienada dos princípios básicos revelados por Deus em Jesus Cristo. Deve-se louvar a preocupação de Barth em relacionar a teologia cristocêntrica de maneira prática à realidade sócio política sem, contudo, alienar-se dos princípios revelados por Deus. A questão do radicalismo de Barth deve ser compreendida à luz do liberalismo da teologia naturalista, que tornava cada vez mais banal o relacionamento genuíno com Deus e a salvação, favorecendo outros caminhos para se chegar ao conhecimento de Deus.
O fideísmo de Barth resgata os princípios teológicos conservadores ignorados pelo momento histórico que tratava o homem como centro do universo e força suficiente e capaz em si mesmo, mas, que em contrapartida, desencadeava uma série de distúrbios e colapsos sociais nas diferentes nações.
A implicação dessa teologia na atualidade é a exigência de ponderação e equilíbrio entre fé e razão, possibilitando um repensar das bases eclesiásticas e suas implicações para as comunidade cristãs inseridas no contexto sócio, político, econômico e cultural. Através da teologia de Karl Barth é possível vislumbrar uma igreja que seja comprometida com a soberana Palavra de Deus e seus princípios norteadores e agente transformador da realidade do mundo, por causa do amor de Cristo e em Cristo, no poder do Espírito Santo.
A conseqüência disso, é uma igreja missionária que entende a relevância de compartilhar com o mundo a boa nova, sendo consciente de suas limitações e dependente de Deus. Nesse sentido, cabe comentar que a realização dessa obra não se condicionará aos feitos, propósitos e estratégias humanas, a fim de que não se configure uma obra ativista e religiosamente vazia; antes, essa igreja será impulsionada pelo amor e constantemente alimentada pelo Espírito Santo de Deus, sem contudo, desprezar os potenciais humanos.
O pensamento teológico de Barth é rico e objetivo e demonstra claramente uma reflexão teológica preocupada em, de acordo com a Escritura, efetuar o kerigma de Deus para o homem.
É interessante notar que na atualidade, a teologia parece ignorar a reflexão quanto ao favor de Deus ao homem; à questão de Deus ter a iniciativa, por amor, de aproximar-se. O pensamento em voga evoca exatamente a idéia oposta quando afirma que o homem deve exigir de Deus o favor, colocando o ser humano e a divindade no mesmo patamar e tornando a comunicação imperativa. Deus é portanto, comunicável, o que torna-O também manipulável.
O conceito teológico da graça de Deus para com a humanidade deve ser retomado. A igreja deve reconhecer que por si não é capaz de realizar qualquer obra. Deus é que tem o querer e o efetuar e segundo o beneplácito de sua vontade, opera através dos que estão em Cristo, a fim de que o próprio nome de Cristo seja engrandecido. A implicação desse conceito é que uma igreja constituída por pessoas comprometidas com a Palavra de Deus, em Cristo, atuará no mundo sempre na dependência de Deus e reconhecerá a necessidade de que todos sejam dignificados em Cristo, por meio da proclamação das boas novas.
UM ROTEIRO DE ESTUDO

A. Sua teologia parte da crise e da negação

- toda a produção humana está sob crise e juízo de Deus

- e se resolve num processo dialético:

- o Não de Deus à salvação própria (à religião Babel) vs. o Sim de Deus ao homem.

B. Sua teologia é cristológica e cristologia é

- a doutrina da pessoa de Cristo

- a compreensão da dogmática à luz da pessoa de Cristo

- reflexão cristã: Deus-em-carne, Deus-feito-homem

C. Sua teologia é kerigmática

- a mensagem se torna a palavra de Deus

- a palavra do homem se torna a palavra de Deus, se assim for a vontade de Deus

- não há apologética, porque defender a fé é pretender que Deus precisa ser defendido.

D. A dialética do kerigma leva a duas conclusões

- a Bíblia é uma produção humana -- lida na presença de Jesus Cristo, se assim for da vontade de Deus, torna-se a palavra de Deus para nós

- a Igreja não é uma instituição que possa ser descrita por sua continuidade histórica -- mas, se assim for da vontade de Jesus Cristo, torna-se comunidade com os irmãos na fé através do milagre da Sua presença.

E. Sua teologia é crítica em relação ao

- Protestantismo liberal - Aceitou fontes de conhecimento fora da revelação. Tentou apresentar uma teoria do conhecimento fora da revelação. Colocou a consciência moral e a experiência como fonte de revelação.

- Catolicismo romano e a Teologia natural - O homem não pode chegar à compreensão de Deus meramente através da contemplação dos elementos naturais. Terá sempre uma idéia a priori de Deus, fabricação de sua própria mente.

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