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sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Deus questiona Caim: uma pequena reflexão


Por Taciano Cassimiro

Texto: Gn 4.9 -  E disse o SENHOR a Caim: Onde está Abel, teu irmão? E ele disse: Não sei; sou eu guardador do meu irmão? 

Primeiro Passo: O texto nos apresenta Deus questionando Caim a cerca do paradeiro de seu irmão. O mesmo reflete a responsabilidade que Caim tinha para com Abel. A pergunta é “ Onde está Abel, teu irmão?”, com esta pergunta Deus está trazendo a luz o ato de Caim, o crime que ele cometeu. E ao mesmo tempo tentando fazê-lo cair em si, reconhecer o erro que cometeu.
O seu erro e motivações são narrados nos versículos de 1 a 8 do capitulo 4. Caim é tomado por inveja diante do sucesso de seu irmão Abel. Caim não leva em consideração o alerta divino de que “ o pecado jaz a porta “. Com isso, Caim leva as últimas consequências seu desejo e motivação insana, e assassina seu irmão. Seu ato inconsequente, porém responsável, movido por um ódio injustificável já tinha tomado seu coração e mente, de uma forma tão maligna que sua resposta diante de Deus é o reflexo da falta de qualquer apego emocional, da falta de amor fraterno e de qualquer tipo de sentimento que faça o ser humano preocupar-se com o seu próximo. “ Não sei; sou eu guardador do meu irmão? “ esta foi a resposta de Caim.

Segundo Passo: O verso 9, traz à luz a responsabilidade de Caim em relação ao seu irmão Abel. Embora o texto em si seja uma pergunta, o seu contexto nos revela a proibição de matar. E Caim violou esse mandamento moral.
Após o dilúvio Deus em Gn 9.5-6 de forma direta revela a sacralidade da vida, pois o homem fora feito a sua imagem e semelhança, de sorte que todo homicídio seria punido com a morte. Em Êxodo 20.13, mais uma vez a sacralidade da vida nos é apresentada com o seguinte mandamento “ Não matarás ”. Em Romanos 13.8-10 o apostolo Paulo falando do amor ao próximo e do cumprimento da lei ratifica os ensinos do Antigo Testamento quanto à vida. Nosso Senhor Jesus Cristo em seu ministério enfatizou a importância do amor ao próximo, do cuidado que devemos ter em relação ao nosso semelhante e irmãos. A parábola do samaritano em Lucas 10.25-37, também manifesta a importância e sacralidade da vida. A própria vida de Jesus, suas palavras, gestos e ações são categoricamente opostas a qualquer tipo de violência. Caim não entendeu este principio que estava gravado não em tabuas, mais no coração, em sua mente, em sua consciência, por isso assassinou seu próprio irmão, sendo o primeiro fratricida da história. Somos advertidos pelas Escrituras a não trilhar o caminho de Caim, pois o mesmo era do Maligno. Jd 11; 1 Jo 3.12.

Terceiro Passo: A leitura do episódio que narra a morte de Abel pelo próprio irmão nos leva a refletir sobre algumas questões dentro e fora do contexto religioso.
Fora do contexto religioso é cada vez mais notório, o fato de que a vida deixou de ser sagrada( número cada vez crescente de aborto ), de que a vida perdeu seu valor, de que a vida não é mais o show, pois perdeu seu lugar para a morte. A morte e não á vida é que atrai as pessoas, que dá ibope. A falta de amor pela vida, pelo ser humano, pelo próximo é a grande realidade do século XXI. Literalmente vivemos sob o antigo provérbio “ cada um por si, Deus por todos, e salve-se quem puder”, pelo menos essa é a impressão que se tem.
Dentro do contexto religioso, não é comum caso de homicídios ( crente matar crente literalmente falando). Embora aconteça um aqui e outro ali. Porém, no nosso contexto a falta de amor fraternal, de ação prática que revele amor, a falta de interesse no que diz respeito ao paradeiro de irmãos que convivem ou conviveram conosco é absurda. Se na igreja não se mata fisicamente, pelo menos o homicídio, ou seja, o fratricidio espiritual é uma constante, é uma realidade. Temos pastores assassinos, presbíteros assassinos, membros assassinos, e igrejas assassinas. Tem sido mais comum encontrar aconchego e amor em centros espíritas do que na igreja que diz ser de Cristo. Deve a igreja por meio do evangelho de Jesus Cristo proclamar a sacralidade da vida e amor ao próximo. E ao sermos perguntados pelo Senhor “ onde está teu irmão?” possamos responder de forma agradável. Não devemos seguir os passos de Caim. Nossa caminhada deve ser baseada no amor, no cuidado de uns para com os outros.




quarta-feira, 16 de maio de 2012

Como ser um ministro fiel ?


 São muitos os desafios enfrentados pelos ministros do evangelho. Os desafios são os mais diversos: teologia liberal, teologia relacional, teologia da prosperidade, pentecostalismo e seus excessos, neo-pentecostalismo e suas propostas tentadoras de riqueza e saúde, como prova de fé e fidelidade. Além disso, ainda temos o crescente número de “igrejas” que se espalham em solo nacional, em cada esquina, em cada beco, em cada povoado, encontramos uma “igreja”, de cujo os nomes são os mais diversos, começando pela Congregação ANTI-BLASFÊMIAS; Igreja Pentecostal do Pastor Sassá; Igreja Dekanthalabassi; Igreja da Pomba Branca; Cruzada Evangélica do Pastor Waldevino Coelho, A Sumidade; Associação Evangélica Fiel até Debaixo D’agua; Igreja Batista a Paz do Senhor e ANTI-GLOBO; Igreja Automotiva do Fogo Sagrado; Igreja Evangélica Pentecostal a Última Embarcação para Cristo; Igreja Pentecostal Jesus Nasceu em Belém; Comunidade do Coração Reciclado;  Igreja Evangélica Abominação à Vida Torta; Igreja de Deus da Profecia no Brasil e América do Sul; Igreja do Sétimo gole; até a Igreja Batista Da Pomba Sacrificada. 

É extremamente verdade que o erro do homem não anula a graça de Deus. Por isso, muitos têm sido alcançados por esta graça, tendo suas vidas transformadas, libertas das drogas, prostituição e de tantos outros males por meio de “ igrejas “ as mais diversas. Mas, também é verdade que o surgimento desordenado de “ igrejas”, de “ pastores” sem compromisso com a verdade bíblica tem sido prejudicial para o protestantismo. É cada vez maior o número de pessoas decepcionadas com “ igreja ”. 

Com certeza a lista de desafios pode ser imensa se começarmos a enumerar uma por uma, este não é o nosso objetivo, entretanto, gostaria de destacar outros como  “ viver o que se prega, o que se ensina “. Alguém pode não ver isto como um desafio, mas a história e a própria experiência humana está ai para provar e comprovar. Vivemos em uma atmosfera de muita letra, muito grito, muita filosofia, muito debate, porém, pouca vida. Precisamos ensinar o que é correto ( ortodoxia ), mais também precisamos e devemos praticar o que ensinamos e pregamos ( ortopraxia ). Pergunta-se se já não existem homens da envergadura de John Bunnyan ( 1628 – 1688 ), homem bíblico, piedoso e disposto a dá testemunho de seu Senhor em todos os lugares e em qualquer situação. Mesmo em prisão por doze anos em Bedford, permaneceu fiel, vivendo a Palavra. Ou como Samuel Rutherford (1600 - 1661), um dos comissários escoceses na Assembléia de Teólogos de Westminster. Homem espiritual, teólogo de extrema grandeza, dedicado à oração, estudante apaixonado das Sagradas Escrituras e comprometido com a mesma. Desenvolveu de forma exemplar seu ministério dando provas de sua fidelidade. Sua vida, Seus escritos, testemunhos de amigos, de irmãos e de ministros atestam sua fidelidade. 

E com este espírito que estaremos nas próximas publicações abordando o assunto: Como Ser o Ministro Fiel? A começar de um breve comentário da carta de Paulo ao jovem Timóteo, e em seguida passaremos a apresentar quatro argumentações que espero contribuir para nossa edificação. Nosso texto base será o I Tm 4.6-16
Continua.... 

Taciano Cassimiro, Missionário da IPB. 
Pastoreia a Igreja Presbiteriana de Tailândia-PA

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

O Que fazer no momento de adversidade?

Salmo 3.1-8

Alguém certa vez definiu adversidade da seguinte forma ” Adversidade é sinônimo de infortúnio ou revés. Mas também costuma ser entendida como derrota, principalmente quando significa perda de controle de algo ou a não realização de desejos pessoais. É justamente por isso que não gostamos dela”.

Todos nós passamos por momentos de adversidades seja na família, nas finanças, no trabalho ou na igreja. A adversidade nos ensina a crescer e transformar a vida numa experiência única e enriquecedora. Precisamos aprender a lidar com ela, mas acima de tudo precisamos compreender que sem ela não temos a menor chance de crescer e evoluir.

O Salmo 3.1-8 nos apresenta o Rei Davi em um momento muito delicado de sua vida. A adversidade havia chegado a sua tenda, e com ela a dor, morte e choro, muito choro. Vejamos o contexto do Salmo:
•    Davi havia adulterado com Bate-Seba e tramado a morte de Urias seu esposo ( morto em batalha contra os amonitas ), como conseqüência, Deus por meio do profeta Natã adverte o rei Davi do mal que sobrevirá contra ele:


“ não se apartará jamais a espada da tua casa”, “ tomarei tuas mulheres“, “ da tua própria casa suscitarei o mal “, “ tomarei tuas mulheres...à tua vista...darei ao teu próximo...em plena luz do sol “, “ o que fizeste em oculto...será feito diante de todo o Israel”. 2 SAMUEL 12.9-15


•    O filho de Davi com Bate-Seba morre de acordo com as palavra do profeta Natã 2 Sm 12.14,18.
•    Absalão mata seu irmão Amnon em vingança do estupro de sua irmã Tamar; revolta-se contra o próprio pai-rei e tenta lhe usurpar o trono.
•    Davi foge de seu filho Absalão, em seguida toma conhecimento de que Absalão deitou-se com suas concubinas diante de todo Israel. A vergonha agora era total.

É nesse contexto, que se inicia o grande pesadelo, o grande drama que terá final muito doloroso nessa grande história.


O que fez Davi nesse momento de adversidade? O que você costuma fazer em momentos de adversidade? 

E finalmente “ O Que Devemos Fazer nos Momentos de Adversidade?

1.    Em Adversidade Devemos Clamar ao Senhor v 1,2,4

Não quero dizer com isto que Deus só deve ser buscado quando estivermos em situação de desespero, não é isso, até porque entendo que a oração deve ser um exercício diário e constante do servo, daquele que ama ao Senhor.

Mas, nosso texto nos inclina a fazer esta afirmação uma vez que muitos diante de seus problemas os mais diversos perdem a convicção de que Deus está do seu lado, guiando e controlando toda situação, ainda que a mesma aparentemente não indique isto.


Davi tinha consciência dos seus problemas, ele os identifica, sabe de suas ameaças, dos seus perigos, conhece seus intentos:


“ ...o numero dos meus adversários tem crescido...são numerosos..”
“...eles se levantam contra mim..”, e ainda afirmam “ Não há salvação para o rei “.

 
Absalão perseguia e crescia em numero. E tentava a todo custo tomar o reino de Israel. O pai da Paz “ Absalão” havia se tornado em o “ homem da guerra ”, perseguia e envergonhava o amado de Deus “ Davi “. Porém, Davi tinha um grande trunfo, pois Deus era o seu escudo.
Nesse momento Davi não se entregou ao desespero. Ele clamou ao Senhor e tinha certeza que Deus ouviria seu clamor.

Ainda que nossos inimigos sejam numerosos, e que zombem de nós acreditando que Deus não nos salvará, devemos permanecer firmes, clamar ao Senhor sabendo que descerá e nos livrará por certo.

2.    Em Adversidade Devemos Descansar no Senhor v 5-6

Interessante que mesmo no calor da adversidade, Davi, faz uso de uma linguagem tão simples para expressar sua confiança em Deus, ele diz: “ deito-me e pego no sono", em outras palavras "eu durmo tranqüilo ". Davi continua nessa certeza de cuidado e sustento da parte de Deus afirmando “ Não tenho medo “, o medo que muitas vezes rouba-nos a coragem e a esperança deve ser confrontado com fé em Deus.

Absalão continuava arregimentando seguidores que difamavam o rei a todo instante, debilitando a autoridade do rei por palavras e ações; estava roubando o coração dos israelitas e distanciando Israel do seu rei, O REI DAVI.

Foi com a confiança em Deus que Davi enfrentou seus problemas. Sua certeza estava no sustento do Senhor. 

A Confissão de Fé de Westminster no capitulo V,1 nos diz “Pela mui sábia e santa providência, segundo a sua infalível presciência e o livre e imutável conselho de sua própria vontade, Deus, o grande Criador de todas as coisas, para o louvor da glória de sua sabedoria, poder, justiça, bondade e misericórdia, sustenta, dirige, dispõe e governa todas as criaturas, todas as ações delas e todas as coisas, desde a maior até a menor."

O servo de Deus a exemplo de Davi deve crer no sustento, na direção e governo do Senhor. Crendo nisto deve ele DESCANSAR, pois Deus está no controle de tudo.

3.    Em Adversidade Devemos Crer na Salvação no Senhor V 7-8 
 
Davi estava ciente que o seu Deus iria salva-lo, assim ele exclama “ Levanta-te Senhor “, grito que transmite a idéia da ação de Deus, da providencia, do momento em que Deus intervêm na historia do seu povo. Foi assim com os filhos de Israel no Egito, no deserto, nas guerras que o povo de Deus travou ao longo da historia e será agora na vida de Davi.

Davi diz que o levantar do eterno põe por terra seus inimigos, os tais serão golpeados nos queixos, perderão o equilíbrio e cairão.
Deus é quem fará todas estas coisas.

As investidas de Absalão lhe renderam a perda da própria vida. Em fuga, Absalão ficou preso “pendurado” nos ramos de um carvalho, sendo em seguida transpassado por Joabe que o feriu no coração com três dardos. O texto bíblico diz ainda, que dez jovens cercaram o corpo de Absalão e o feriram. Com a morte de Absalão o reino de Davi continuava de pé. Verdade que o coração de Davi foi ferido mediante a morte de seu filho. Mas Davi continua firme em Deus.

Os versículos 7 e 8 nos transmitem duas grandes verdades: 


Primeira, Deus é o salvador do seu povo.
Segunda, Os inimigos jamais prevalecerão.

Este Salmo retrata a história de um homem que mesmo sendo “ segundo o coração de Deus” enfrentou adversidades, sofreu perdas, chorou, e em algumas ocasiões foi dado por vencido, porém permaneceu firme. E durante os processos adversos aprendeu lições preciosas de Deus, e com estas lições nos ensinou a depender e confiar sempre no Senhor.

O povo de Deus tem salvação garantida, a nossa salvação vêm do Senhor.

Em meio às adversidades da caminhada precisamos clamar ao Senhor, descansar N’ele e crer na sua salvação. Esperar pelo seu agir, pois ele é quem guerreia a nossa guerra. A nossa batalha na verdade é a batalha do Senhor.


Pensamento: " Fé é o pássaro que sente a luz e canta quando a madrugada é ainda escura. 

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

O Que fazer quando estamos angustiados?

                                                     Por Taciano Cassimiro
Texto: Salmo 4.1-8

É verdade que as aflições que nos atingem no dia a dia, muitas vezes rouba-nos a alegria, e em alguns casos até a vontade de viver. A angustia é algo muito perigoso, pois a mesma pode afastar alguns do caminho de Deus Mt 13.21.

De onde nasce a angustia?

Da preocupação ou sensação de insegurança. Pode estar também associada a causas psicológicas como: traumas, complexo, meio ambiente repressor ou desgastante podem desencadear sensações de opressão. A angustia é também uma emoção que precede algo ( acontecimento, uma ocasião, circunstância), também pode-se chegar a angustia atravéz de lembranças traumáticas que dilaceram a alma.

Há angustia sempre esteve presente na historia do povo de Deus a própria Bíblia nos mostra exemplos de servos que se angustiaram em determinados momentos de suas vidas. 

São eles:

1. O profeta Elias depois de ter vencido os 450 profetas de Baal refugiou-se em uma caverna com medo da perseguição e morte 1 Rs 19.9-10; 

2. O profeta Jonas no ventre do peixe sentiu-se em agonia ( angustia ) e clamou ao Senhor 2.2;

3. O grande apostolo dos gentios, Paulo, teve seus momentos de angustias, e relatou aos seus irmãos da igreja de Corinto que mesmo em aflições, ele, sentia prazer por e no amor de Cristo 2 Co 6.4; 12.10.

4. Até nosso Senhor Jesus, no Jardim do Getsêmane, sentiu sua alma ser inundada pela aflição. Sua angustia lhe causava a dura e severa impressão de morte. Mesmo assim entregou-se a vontade de Deus Mc 14.32-36.

Independentemente de nossa espiritualidade, conhecimento teológico ou até mesmo psicológico nós não estamos livres de sermos acometidos pelas angustias da vida.

Vejamos as lições do Salmo 4 que segundo os estudiosos está no mesmo contexto histórico do Salmo 3, que de forma poética revela-nos as dores de Davi mediante a rebeldia de seu filho Absalão ( pai da paz ), como também nos mostra a confiança de Davi em Deus, mesmo em momento turbulento.

No Salmo 4 Davi fala sobre confiar em Deus na angustia.

Diante da certeza de momentos angustiantes como devemos agir, o que devemos fazer quando estamos angustiados?

1. Devemos clamar ao Senhor v.1

Em momentos de angustia devemos e precisamos orar ao Senhor. João Calvino chamou a oração de “ o principal exercício da fé, mediante a qual recebemos diariamente os benefícios de Deus”.

Em relação a oração surge a seguinte pergunta.
Se a vida cristã inteira, desde o primeiro passo até a perseverança final, é dom de Deus, por que orar então?

Eis a resposta: “Os fiéis não oram para contar a Deus o que ele não sabe, para pressioná-lo em suas tarefas ou apressá-lo quando demora, mas sim a fim de alertar a si mesmos para buscá-lo, para exercitar a fé meditando em suas promessas, livrando-se de suas CARGAS ( ANGUSTIAS ) ao se elevarem a seu íntimo”.

Em nossas angustias devemos clamar ao Senhor, buscá-lo em oração e com certeza encontraremos a paz e alivio que nossas almas necessitam. Pois Ele nos alivia v.1 e nos ouve 3.
A oração deve ser uma prática constante na vida do cristão.

2. Devemos confiar no Senhor v.5

Com certeza a angustia surge como uma resposta aos anseios mais diversos é um estado da alma em que a aflição e agonia se fazem presente, tendo como companheiro o sofrimento.

O salmista nos ensina que devemos clamar, e CONFIAR no Senhor. Nossa confiança deve ser constante em Deus.

O salmista Davi nos versículos 6 e 7 nos dá duas razões básicas para confiarmos no Senhor:

Primeiro, porque o Senhor levanta sobre nós a luz, a sua luz. O salmista diz isso, não como uma possibilidade, mais como certeza. Isto significa que Deus não está alheio a dor,angustia, do seu servo. É reconfortante saber que o Senhor se interessa por nós mesmo em angustia.

Segundo, porque o Senhor nos concede alegria. Amados, em meio a angustia sentimos alegria, receber alegria é algo muito maravilhoso. O natural no moemnto de angustia é sentir dor, muita dor, sofrimento. Porém o Senhor nos concede alegria, e não raro encontramos servos em leito de morte transmitindo vida, paz e consolo, e isto se explica pela presença e alegria do Senhor.

Confie no SENHOR em todo tempo, mesmo em tempo de angustia.

3. Devemos descansar no Senhor v.8

Na angustia o natural seria a falta de sossego, de paz, e do sentido de viver. Com o servo de Deus é diferente. O salmista faz questão em mostrar isso por meio de uma experiência tão simples do dia a dia, o ato de dormir.
Ele diz que se deita em paz e logo pega no sono.
Quantos não conseguem dormir em paz, descansar tranqüilo por não saberem o que fazer com suas angustias.

O servo de Deus sabe o que fazer, ele descansa no Senhor. E faz isto porque tem a convicção de que estar guardado e seguro em Deus.

O hino 69 do Novo Cântico,na quarta stroffe diz:
Tua ovelha, nos teus braços,
Bem segura guardarás.
Vem livrar-me dos pecados
E guarda-me em tua paz!
Amém.

É nesta certeza que somos exortados a descansar sempre no Senhor “ entrega teu caminho ao Senhor, confia nele, e o mais ele fará Sl 37.5.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

O Criador e as Obras da Criação

        Por Taciano Cassimiro
Esboço dos Estudos Bíblicos Ministrados ás Quintas-Feiras
na IPB – de Tanque D’arca-AL
Texto: GN 1.1-31
I. O CRIADOR

Teorias que negam a existência de Deus:

1.1. Ateísmo: crer na inexistência de Deus. 
·         Platão definiu dois tipos básicos de ateístas:
Primeiro, aqueles que estão convencidos de que Deus ( ou deuses ) não existe;
Segundo, aqueles que afirmam que não há qualquer lugar para Deus ( ou deuses ) neste mundo.

1.2. Agnosticismo: crer que não existem indícios suficientes para se provar ou refutar a existência ou inexistência de Deus ( ou deuses ).

2. O relato Bíblico

Verdade que a Bíblia não é um livro cientifico, embora haja ciência nela. A mesma não tenta provar a existência de Deus, porém afirma que Ele Existe. HEBREUS 11 – 1. Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que não se vêem. 2. Porque por ela os antigos alcançaram bom testemunho. 3. Pela fé entendemos que os mundos foram criados pela palavra de Deus; de modo que o visível não foi feito daquilo que se vê.

2.1. A Bíblia afirma que houve um princípio, e este principio não foi obra do acaso.

GÊNESIS 1.1 -  No princípio criou Deus os céus e a terra.
Quanto à origem de Deus podemos responder com DANIEL 4.3 - Quão grandes são os seus sinais, e quão poderosas as suas maravilhas! O seu reino é um reino SEMPITERNO, e o seu domínio de geração em geração.
Deus não teve início e não terá fim. Ele é o “ El-Olam “ o Deus Eterno. Gn 21.33; Is 40.28.

 É possível afirmar a existência de Deus de três formas:
·         Primeiro, Afirmação da Existência de Deus nas Escrituras Sagradas: A Bíblia afirma “ No Princípio Criou Deus...”

·         Segundo, Afirmação da Existência de Deus na Constituição do Ser Humano: O homem carrega idéias inatas sobre a existência de Deus. Exemplos:
O “ Semem Religionis “ nas palavras João Calvino “ como a experiência mostra, Deus plantou uma semente de religião em todos os homens”.

O “ Sensus do Divino “, João Calvino tratando do assunto afirmou “ Portanto, visto que desde o começo do mundo não tenha havido nenhuma religião, nenhuma cidade, em resumo, nenhuma família que pudesse viver sem religião, nisto descansa a tácita confissão de que o sensos do divinitatis está inscrito no coração de todos os homens “.

·         Terceiro, Afirmação da Existência de Deus nos Argumentos Racionais:

1. Argumento Ontológico – A existência real de Deus parte de sua existência necessária em nosso pensamento.
 2. Argumento Moral – Existe um Legislador supremo, QUE É DEUS, e do fato de haver a presença de uma lei moral no universo.
3. Argumento Teleológico - Há um propósito no universo. Deve haver alguém que estabeleceu o propósito, que é Deus.
4. Argumento Cosmológico - Declara que deve haver uma causa final de todas as coisas. Esta causa afirma ser Deus. 
Com base neste argumento Deus é o único ser não causal, é sem causa.

II. As obras da criação
  
  •       Catecismo maior, pergunta 15. O que é a obra da criação?
RESP. A obra da criação é aquela pela qual Deus, pela palavra do seu poder, fez do nada o mundo e tudo quanto nele há, para si, no espaço de seis dias, e tudo muito bem.      

  • ·         O ato da criação foi obra do Deus trino. A Bíblia revela que o Deus trino é o autor da criação ( Is 40.12; 44.24; 1 Co 8.6; Jo 1.3; Cl 1.15-17; Gn 1.3; Sl 104.30; Jó 26.13; 33.4 ).
  • ·         A criação foi ato livre do criador ( Jó 22.3,13; At 17.25 )
  • ·         A obra da criação teve um começo ( Gn 1.1; Sl 90.2; Sl 102.25 )
    Hb 11.1-3 – Seguindo o texto de Hebreus acreditamos que o universo foi formado pela palavra de Deus. Com certeza aqui há lugar para uma simples pergunta. Em quantos dias Deus criou o universo?
Embora haja a citação acima do Catecismo afirme “ seis dias “ a pergunta que surge, é – estes seis dias, são literais de 24 horas?

Teorias:

Primeira, Os dias da criação foram dias literais de 24 horas.
Martinho Lutero, consistentemente, defendeu a interpretação literal do relato da criação: “Afirmamos que Moisés falou no sentido literal, e não alegórica ou figurativamente, isto é, que o mundo, com todas as suas criaturas, foi criado em seis dias, como se lê no texto”. Também os outros Reformadores entendiam os “dias” da criação da mesma forma.

Segunda, Os dias da criação foram longos e sucessivos períodos ( dias eras ).
O erudito britânico John C. L. Gibson argumenta que Gênesis 1 deve ser tomado como uma “metáfora” (21), “história”, ou “parábola” (22), e não como um registro direto dos acontecimentos da criação. Escreveu ele em seu comentário sobre Gênesis, de 1981:

“... Se entendermos “dia” como equivalente a “época” ou “era”, poderemos pôr a seqüência da criação, apresentada no capítulo 1, em conexão com os relatos da moderna teoria da evolução, e assim caminhar um pouco no sentido da recuperação da reputação da Bíblia em nossa era científica ... Tanto quanto este argumento inicie uma tentativa de ultrapassar o sentido literal, atribuindo à semana da criação o sentido de uma parábola, com uma duração muito mais extensa, isso será digno de elogios.”

A Bíblia não é um tratado científico, embora haja ciência nela. Em Gênesis vejo que o propósito é de nos revelar Deus como Criador de todas as coisas, independente dos dias serem de 24 horas ou eras. Entendo ser mais edificante para comunidade cristã crer e entender a beleza do Criador e de sua criação do que passar horas e horas discutindo, sem chegar a lugar algum sobre a questão dos dias criativos.
Não desmereço a tentativa dos estudiosos nessa questão, mas nosso propósito é tratar de outros aspectos da narrativa de Gênesis.
Eis os dias da criação:






Sem Forma Transformado em Forma
Vazio Transformado em Habitação
v. 3-5
1º Dia
Luz
v. 14-19
4º Dia
Luminares (sol, luz, estrelas)
v. 6-8
2º Dia
Atmosfera (espaço superior)
Água (espaço inferior)
v. 20-23
5º Dia
Peixes e Pássaros
v. 9-13
3º Dia
Plantas terrestres
v. 24-31
6º Dia
Animais e Homem

              As obras da criação apontam para um criador, e esse criador é Deus (GN1.1). Tudo veio a existir e ficou firme ao comando de Yahweh Deus ( Sl 33.1,6-9 ). Yahweh trouxe o cosmos à existência ex nihilo ( do nada ).
Em seis dias Deus completou o ciclo de criação, e sua afirmação ao criar “Gn 1.31 - E viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito bom. E foi a tarde e a manhã, o dia sexto.

As obras da criação dão testemunho de seu criador.

 III. Os propósitos da criação 

O catecismo maior, pergunta 1. Qual é o fim supremo e principal do homem? 

RESP. O fim supremo e principal do homem é glorificar a Deus e gozá-lo para sempre.
É verdade que o catecismo pergunta em relação ao homem, porém, vejo na mesma o propósito da criação no seu todo. 

Assim ao lermos o Salmo 19.1, começamos a entender o propósito da criação: “ Os céus proclamam a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra das suas mãos”.
Em Rm 11.36 - Porque dele, e por ele, e para ele, são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém.

Os propósitos da criação:

Propósitos primários

  • 1.      Ensinar que Deus é o criador “Jr 51.15 - É ele quem fez a terra com o seu poder, estabeleceu o mundo com a sua sabedoria, e estendeu os céus com o seu entendimento.

  • 2.      Para glória e louvor de seu nome. Esta afirmativa não significa que Deus estava precisando de gloria de sua criação, porém o resultado inevitável de seu ato criador é a sua glória.

  • 3.      Iniciar o progresso de revelação bíblica. A fala de Deus “ Disse Deus” é o primeiro passo nesse processo, e este acredito ser um dos propósitos da criação uma vez registrado.

Propósitos secundários

  • 1.  Os homens devem se submeter ao Deus da criação em temor e obediência. Os céus proclamam a glória de Deus
“Porque os atributos invisíveis de Deus, assim o seu eterno poder, como também a sua própria divindade, claramente se reconhecem, desde o princípio do mundo, sendo percebidos por meio das coisas criadas. Tais homens são, por isso, indesculpáveis; porquanto tendo conhecimento de Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças; antes, se tornaram nulos em seus próprios raciocínios, obscurecendo-se-lhes o coração insensato.” (Rm. 1:20-21).
  • 2.     Os homens devem confiar no Deus da criação, para prover todas as suas necessidades.

“Fazes crescer a relva para os animais, e as plantas para o serviço do homem, de sorte que da terra tire o seu pão; o vinho, que alegra o coração do homem, o azeite que lhe dá brilho ao rosto, e o pão que lhe sustém as forças. Avigoram-se as aves do Senhor, e os cedros do Líbano que ele plantou, em que as aves fazem seus ninhos; quanto à cegonha, a sua casa é nos ciprestes. Os altos montes são das cabras montesinhas, e as rochas o refúgio dos arganazes. Fez a lua para marcar o tempo; o sol conhece a hora do seu ocaso. Dispões as trevas, e vem a noite, na qual vagueiam os animais da selva. Os leõezinhos rugem pela presa, e buscam de Deus o sustento; em vindo o sol, eles se recolhem e se acomodam nos seus covis. Sai o homem para o seu trabalho, e para o seu encargo até a tarde.” (Sl. 104:14-23)

  • 3.  Os homens devem se humilhar diante da sabedoria de Deus evidenciada na criação. Jó sofreu muitas aflições. Mas, afinal, o suficiente foi suficiente. Ele começou a questionar a sabedoria de Deus em sua adversidade. Ao seu questionamento Deus respondeu:
“Depois disto o Senhor, do meio de um redemoinho, respondeu a Jó: Quem é este que escurece os meus desígnios com palavras sem conhecimento? Cinge, pois, os teus lombos como homem, pois eu te perguntarei, e tu me farás saber. Onde estavas tu, quando eu lançava os fundamentos da terra? Dize-mo, se tens entendimento. Quem lhe pôs as medidas, se é que o sabes? Ou quem estendeu sobre ela o cordel? Sobre que estão fundadas as tuas bases, ou quem lhe assentou a pedra angular, quando as estrelas da alva juntas alegremente cantavam, e rejubilavam todos os filhos de Deus?” (Jó 38:1-7).

Conclusão

Que o estudo desta noite tenha edificado a igreja de Jesus Cristo, e que nesta certeza possamos caminhar na fé e no poder do nosso amado Deus. Deus real, criador e de cujos propósitos são para louvor de sua glória.

“ Creio em Deus Pai, Todo-Poderoso criador do céu e da terra”.
Credo Apostólico

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