segunda-feira, 4 de abril de 2011

Dispensacionalismo

ORIGEM E DIVULGAÇÃO

O movimento chamado de dispensacionalismo surgiu em meados do século passado na Inglaterra, através do grupo que levou o nome de Irmãos ou Irmãos de Plymouth, por ter nesta cidade seu quartel general. Seu principal expoente foi John Nelson Darby (1800-1882), um irlandês que, insatisfeito com a Igreja Anglicana, da qual era ministro (cura), juntou-se ao grupo dos Irmãos em 1827. Por volta de 1830 Darby já era o principal líder dos Irmãos, dada a sua capacidade de organização e a sua proficiência em escrever. 

I.  Características Principais Desse Grupo:

a) Ênfase dada às reuniões semanais de estudo bíblicos e celebração da Ceia do Senhor, associada a um desprezo por qualquer tipo de organização denominacional ou forma de culto. Os Irmãos rejeitavam qualquer sistema clerical ou de classe ministerial, insistindo que estavam regressando à forma simples de culto e governo eclesiástico dos apóstolos. 

b) Embora não fosse o tema principal no começo, não tardou para que a doutrina da volta de Cristo ocupasse o centro dos estudos e, com ela, surgisse com grande ímpeto o desenvolvimento de um novo modelo de interpretação bíblica. Darby e seus seguidores passaram a alardear que haviam “redescoberto verdades” que foram desconhecidas ao longo de toda a história, desde os dias apostólicos, as quais teriam ficado à margem do ensino tradicional do Cristianismo histórico. Fazia parte desse novo modelo àquilo que passou a ser chamado até hoje, nos círculos dispensacionalistas, de “interpretação literal das profecias” e de que devemos também nos ocupar neste trabalho. 

II. A Propagação em Relação ao Dispensacionalismo:

Esse novo modo de interpretação bíblica, especialmente de profecias, ganhou popularidade rapidamente nos círculos evangélicos, graças ao grande trabalho de divulgação que dele foi feito pelo próprio Darby e por seus seguidores, e graças, principalmente, ao grande volume de livros, panfletos e artigos sobre o assunto que foram, desde então, escritos e ainda continuam sendo. Grandes movimentos, como o das Conferências Evangelísticas de Dwight L. Moody, eram virtualmente controlados por dispensacionalistas. A escola fundada por Moody, que passou a chamar-se Instituto Bíblico Moody, assim como diversas outras escolas teológicas, como o atual Seminário Teológico de Dallas, passaram a ser verdadeiros centros de doutrinação dispensacionalistas, nos Estados Unidos. 

O mesmo se dá hoje no Brasil, especialmente com os institutos bíblicos chamados de interdenominacionais, de modo geral. Outro fator que muito contribuiu para a difusão do pensamento dispensacionalistas foi à publicação da chamada Bíblia de Referência de Scofield, em 1909, a qual já vendeu mais de dois milhões de cópias desde então. A Bíblia de Scofield ou, mais corretamente, a Bíblia de Referência de Scofield é, na verdade, uma edição da Versão King James, com anotações feitas por Scofield, na linha de interpretação dispensacionalistas.

William E. Cox afirma que “o pai do dispensacionalismo, Darby, assim como seus ensinos, provavelmente não seriam conhecidos hoje, não fosse por seu devoto seguidor, Scofield”.

Cyrus Ingerson Scofield (1843 - 1921) nasceu nos Estados Unidos (morreu aos 78 anos) e foi, até sua conversão em 1879 (36 anos), advogado e político. Três anos após sua conversão foi ordenado ministro congregacional, sem qualquer formação teológica, e foi assim, sem formação teológica, que escreveu sua Bíblia de Referência. 

Os estudiosos e historiadores do Cristianismo são unânimes em afirmar que a Bíblia de Scofield trouxe benefícios de uma certa ordem, pois estimulou o interesse pelo estudo bíblico e o respeito pela autoridade da Palavra de Deus, numa época em que a Alta Crítica e a teologia liberal atacavam o Livro Sagrado. Scofield era, de qualquer forma, um conservador, no sentido em que acreditava na inspiração e na inerrância da Bíblia. Mas não resta dúvidas de que trouxe também seríssimos prejuízos à Igreja de Cristo, na medida em que, desviando-se da linha histórica de interpretação bíblica, popularizou e erigiu à posição de quase dogma, em muitos círculos cristãos, uma hermenêutica falha e um conceito falso a respeito do modo de Deus tratar com os homens, a respeito da salvação e, especialmente, a respeito da Igreja de Cristo.

III. O Dispensacionalismo Não Está Ligado a UM Grupo em Particular:

O Dispensacionalismo não se constitui propriamente numa denominação e, embora tenha surgido com os Irmãos, que são hoje um pequeno grupo, não se restringe a eles nem a qualquer denominação, em particular. Há dispensacionalistas hoje em, praticamente, todos os ramos do Protestantismo e até naqueles onde a sua presença representa uma negação de certos princípios doutrinários distintivos, como no caso do Presbiterianismo, por contraditório que possa parecer. 

Acreditamos que não há presbiterianos dispensacionalistas, mas certamente há dispensacionalistas presbiterianos. No primeiro caso estamos usando a palavra “presbiteriano” com conotação teológica e, no segundo, com conotação denominacional. 

IMPORTANTE: O Dispensacionalismo tem sido geralmente, confundido com o Pré-milenismo, mas não são a mesma coisa. Todo dispensacionalista é, necessariamente, pré-milenista, mas nem todo pré-milenista é necessariamente dispensacionalista.
É preciso dizer, também, que há pelo menos Três Tipos de Dispensacionalismo, com marcantes diferenças entre si:

1. Ultra-Dispensacionalismo, desenvolvido por E. W. Bullinger (1837-1913), que faz distinção entre a “Igreja Apostólica Pentecostal” do livro de Atos e a “Igreja-Mistério Paulina”, das Epístolas da Prisão, que ele chama de “igreja corpo” e “igreja noiva”, respectivamente. Bullinger ainda faz distinção entre essas duas igrejas e a de Mateus 16, que Jesus chamou de “minha igreja” e que, segundo ele, será uma igreja judaica remanescente no futuro. O ultra-dispensacionalismo é, segundo Allis, o método levado ao extremo ou às suas últimas conseqüências. OBS: Para Bullinger há três tipos de igrejas.

2. Dispensacionalismo Clássico: é representado por C. I. Scofield e por Lewis S. Chafer, fundador do Seminário de Dallas, e segundo o qual o plano de Deus para com Israel é puramente terreno e para com a Igreja, celestial; há dois modos de salvação (obras no VT e fé no NT) e, segundo Chafer, dois Novos Pactos. Este foi o tipo de dispensacionalismo que prevaleceu desde o século passado até meados deste (1800 a 1950).

3. Neo-Dispensacionalismo: é agora defendido por homens como Charles C. Ryrie, John F. Walvoord e J. Dwight Pentecost, segundo o qual Israel e a Igreja se ajuntarão após o milênio; há um só modo de salvação em ambos os Testamentos (fé) e um só Pacto. É a linha atual do Seminário de Dallas. 

IV. As Sete (oito) Dispensações:

Aliás, vem daí, desse ensino, o termo dispensacionalismo pelo qual o sistema é conhecido. Embora a palavra “dispensação” signifique literalmente “administração” ou “mordomia” derivada de – oikonomia Ef. 3:2), ela é empregada pelos dispensacionalistas para designar:

Um período de tempo durante o qual o homem é testado quanto à sua obediência a alguma revelação específica da vontade de Deus”, segundo a própria definição de Scofield (que é a mesma do “Dicionário Aurélio”). É dito que cada uma dessas dispensações termina com o fracasso humano e o inevitável juízo de Deus. Diz Scofield: 

Esses períodos se distinguem nas Escrituras por uma mudança no método divino de tratar a humanidade, ou parte dela, no que se refere a estas duas grandes verdades: pecado e responsabilidade humana. Cada Dispensação pode ser considerada como uma prova para o homem natural e termina sempre em juízo, demonstrando assim o seu completo fracasso. Cinco dessas dispensações, ou períodos de tempo, já se consumaram. Estamos vivendo na sexta, cujo término, segundo tudo faz crer, está para breve. A sétima, ou a última, ficará para o futuro - É o Milênio.
 
V. As Chamadas Dispensações São as Seguintes:
 
1ª) Da Inocência, que começou com a criação de Adão, e terminou com a sua expulsão do Éden;
2ª) Da Consciência, que começou com a expulsão do Jardim (consciência do bem e do mal) e terminou com o dilúvio;
3ª) Do Governo Humano, que começou com o dilúvio e terminou com a confusão das línguas;
4ª) Da Promessa, que começou com Abraão e terminou com a escravidão no Egito;
5ª) Da Lei, que começou no Sinai e terminou com a expulsão de Israel e Judá da terra de Canaã;
6ª) Da Graça, a atual, que começou com a morte de Cristo e terminará com o arrebatamento da Igreja;
7ª) Do Reino, que começará com a Segunda Vinda de Cristo e terminará com o juízo do Grande Trono Branco - é também chamada de Dispensação do Milênio.

VI. A Hermenêutica Dispensacionalista:

a) Em Relação à Salvação Durante os Períodos: Vetero e Neo-Testamentário:

Este é um dos pontos mais delicados do sistema dispensacionalista e aquele em que tem havido mais hesitação e duplicidade. Embora neguem que o sistema ensine a salvação à parte da fé, não se pode deixar de entender isso nas declarações de seus expositores, pelo menos os do dispensacionalismo clássico. Há até quem alegue que as sete dispensações acabam criando sete diferentes planos de salvação. A rígida distinção entre Israel e Igreja e lei e graça leva o dispensacionalista a conclusões indesejáveis, mas inevitáveis, no que diz respeito ao modo de salvação. 

Embora dispensacionalistas atuais reclamem que os críticos desse sistema são injustos ao atribuir-lhe dois diferentes modos de salvação, como na seguinte citação de Ryrie feita por Gunn, segundo a qual “nem os mais antigos nem os mais novos dispensacionalistas ensinam dois modos de salvação, e não é justo tentar fazê-los ensinar assim repetimos:- não se pode entender de outra forma as palavras de L. S. Chafer, (Ryrie foi aluno de Chafer no Seminário de Dallas) que passamos a citar”: 

Deve-se observar aqui uma distinção entre os homens justos do Velho Testamento e os justificados de acordo com o Novo Testamento. De acordo com o Velho Testamento, os homens eram justos porque eram verdadeiros e fiéis na guarda da Lei Mosaica. Os homens eram, portanto, justos por causa de suas próprias obras para com Deus, ao passo que a justificação do Novo Testamento é a obra de Deus para com o homem, em resposta à fé (Rom. 5: 1).
 
Os ensinos do reino, como a Lei de Moisés, são baseados em um pacto de obras. Os ensinos da graça, por outro lado, são baseados num pacto de fé. Em um dos casos, a justiça é requerida; no outro, ela é provida, quer imputada e comunicada ou, então, operada interiormente (infundida). Uma é uma bênção a ser conferida por causa de uma vida perfeita, a outra é uma vida a ser vivida por causa de uma bênção perfeita já recebida.
Bem antes de Chafer, Scofield já havia escrito em sua “Bíblia Anotada” as seguintes palavras: “Como uma dispensação, a graça começa com a morte e ressurreição de Cristo. O ponto de teste não é mais a obediência legal como à condição de salvação, mas a aceitação ou rejeição de Cristo, com as boas obras como fruto da salvação”. 

A dedução lógica extraída desta afirmação é de que, antes da “Graça” as pessoas eram salvas pela obediência à lei, mas agora, pela aceitação de Cristo. A expressão “não é mais” indica que antes o era, no entender de Scofield. 

Perguntas Para os Dispensacionalistas:

1. Se a salvação era alcançada através da obediência a Lei, e muitos foram salvos por obedecer a Lei, qual a necessidade de haver uma nova dispensação? E outra, qual a necessidade da vinda de Cristo?
2. Se o homem no seu estado original, ou seja, no seu estado perfeito pecou, qual sentido faz esse homem caído continuar a ser testado? (Pois não é este o propósito das dispensações?)

3. É certo que alguns dispensacionalistas já admitem que os crentes do V.T., foram salvos pela Graça. Mas, isto não seria contraditório, já que a Graça segundo eles mesmos só aparecem a partir do N.T.?

4. Na concepção Reformada todos os salvos, em todas as Épocas, quer passada, presente ou futura, são somente em Cristo (Lc.24: 13-35). No V.T., os sacrifícios já representavam Cristo. Em nenhum lugar das Escrituras fala de alguém que foi salvo porque cumpriu com a Lei. Isto significa que a para alguém ser salvo, necessariamente houve a Graça por parte de Deus, assim também, hoje ainda há a Lei de Deus.

b) O Conceito de Israel e Igreja:

1. O texto de I Cor. 10: 32 diz: “Não vos torneis causa de tropeço nem para judeu, nem para gentios, nem tão pouco para a igreja de Deus”.

A simples menção de três grupos aí é suficiente para um dispensacionalista concluir que a própria Bíblia divide a humanidade em três partes distintas e se dirige a essas partes (grupos) separadamente, de maneira sistemática, e que esse texto fornece a “chave para todo estudo e interpretação da Bíblia”. 

“Manejar bem a palavra da verdade” (II Tim. 2:5), conforme a interpretação dispensacionalista, é estudar a Bíblia desta maneira, dispensacionalmente. M. R. DeHaan, um pregador de rádio que muito contribuiu para a divulgação desse sistema nos Estados Unidos, relacionou MANEJAR com Cortar de Maneira Correta, e relacionou o termo aos sacrifícios do Antigo Testamento.
:
Quando o ofertante trazia um cordeiro ou outro sacrifício qualquer, o mesmo era dividido em três partes (exceto no caso da oferta queimada, que era posta inteira sobre o altar). Uma parte era oferecida a Deus, outra parte era oferecida àquele que trouxera a oferta, enquanto que a terceira partilha cabia ao sacerdote. É dessa prática que foi emprestada a expressão “que maneja bem”. Significa simplesmente, dar a cada qual o que lhe pertence de direito. Ora, no estudo da Bíblia você deve ser muito cauteloso em dar à Igreja aquilo que pertence ao Corpo de Cristo, a Israel aquilo que pertence a Israel, e aos gentios aquilo que pertence aos gentios. Assim como o sacrifício era dividido ou cortado em três partes, também a Bíblia informa-nos que existem três espécies de povos neste mundo na presente dispensação.

Analisando esse sistema de interpretação, William E. Cox diz que alguém que tomasse cada versículo da Bíblia e o atribuísse a uma dessas três categorias - judeu gentio e cristão, e publicasse a Bíblia em três seções separadas, estaria prestando um serviço valioso, se esse fosse o método correto de se manejar (dividir) bem a Palavra de Deus.

INFELIZMENTE, noto que todos os livros de Historia da Igreja, relatam o inicio da Igreja a partir do livro de Atos, ou seja, após o Pentecostes. Todavia, na concepção Reformada a Igreja é fruto desde a criação. Isso não significa que todos os autores são dispensacionalistas, mas, penso que os mesmos deveriam trazer pelo menos uma nota de roda pé, mostrando a concepção reformada em relação à concepção que a mesma tem do inicio da Igreja.

__________________________
Rev. José Roberto de Souza é Pastor da Igreja Presbiteriana do Ibura, Recife/PE; Professor e Coord. do Departamento de História da Igreja no Seminário Presbiteriano do Norte (SPN); Especialista em História da Religião e da Arte (UFRPE); Mestrando em Teologia e História.

Extraído do site:
http://www.eleitosdedeus.org/dispensacionalismo/dispensacionalismo-jose-roberto.html#IDComment138885566#ixzz1IK1IqMdn

Informe autores, tradutores, editora, links de retorno e fonte. Não é autorizado o uso comercial deste conteúdo. Não edite ou modifique o conteúdo.
Under Creative Commons License:
Attribution Non-Commercial No Derivatives

41 comentários:

  1. Uma correção, os salvos do AT não eram salvos pela observação da lei, já que não se pode guardar toda a lei, eles eram salvos por que a fé no Messias Remidor era a esperança deles.
    Outra coisa. A graça de Deus sempre se manifestou em toda a bíblia, o fato de termos dispensação da graça não significa que Deus não fosse gracioso com os irmãos do AT.Creio que algumas colocação com relação ao dispensacionalismo foram feitas de modo infundando, sem um estudo mais detalhado sobre o mesmo. Para finalizar, sou salvo por que Cristo me salvou, não por ser a favor ou contrário a um sistema teológico doutrinário. Jesus Cristo está acima de tudo isso.
    A paz....

    ResponderExcluir
  2. concordo! como teologo sei que maior que o estudo teologico é o proprio DEUS EM CRISTO que nos redime de todo pecado pela sua graça.
    algumas discussoes sobre assuntos como esse nao edificam ninguem, sugiro um debate sob o tema: quao grande é o amor de DEUS para conosco? quem se habilita rsss.

    ResponderExcluir
  3. Achei totalmente medíocre este estudo contra o dispensacionalismo, bem comum entre os reformados de hoje em dia publicar este tipo de material envolvido totalmente em uma propagação falsa de uma doutrina verdadeira, distorcendo totalmente o sentido da teologia fundamentalista! Nunca foi afirmado por nenhum dispensacionalista renomado que a salvação no AT se dava por obras, isso é mentira, este estudo meticulosamente medíocre não conseguiu provar nada, nenhuma das citações que trouxe provam que o dispensacionalismo prega a salvação sem ser pela graça por meio da fé no AT, e as perguntas no final são totalmente ridículas.

    Minha opinião sobre este artigo: um lixo.

    Desafio qualquer reformado a trazer uma citação de qualquer dispensacionalista que ensine que no AT as pessoas eram salvas pela prática da lei e não pela fé.

    Primeiro que na Lei ninguém tinha conhecimento sobre céu e inferno, ninguém sabia direito o que acontecia com a alma depois da morte. Só foi revelado isso na Nova Aliança.

    Graça sempre existiu, bem como fé, bem como obras...

    Estão procurando pelo em ovo.

    ResponderExcluir
  4. Enquanto lia o artigo pensei: "será que só eu discordo da maneira como o dispensacionalismo está sendo exposto?" "que perguntas mais sem pé nem cabeça!"
    Ao ler os comentários dos colegas acima concluo que não.

    Agradeço ao site pela abordagem de um assunto tão importante no meio cristão que é a correta interpretação das Escrituras, entretanto sugiro aos autores do artigo uma melhor análise do dispensacionalismo.

    ResponderExcluir
  5. Fico me perguntando o porquê de uma discussão tão infantil, só falta agora discutirem pelo sexo dos anjos. irmãos, vivemos em um contexto em que as pessoas já não estão perguntado mais sobre certas respostas que temos dado. Precisamos de uma discussão teológica mais relevante para nossa época.

    ResponderExcluir
  6. Graça e paz,

    Acho que nosso amado irmão e amigo, comete erro e deselegancia ao chamar de lixo o artigo publicado.
    Somos cristãos e devemos agir como tal em todas as esferas, inclusive, nas palavras que escrevemos.
    É todo direito do leitor não concordar com algum ponto de vista meu, ou de outros autores, mas devemos fazê-lo com educação.
    Sou ex-dispensacionalista, hoje amilenista e entendo que é possível dialogar, concordar e discordar sem perder o respeito.
    No meu novo blog estarei publicando estudo sobre o assunto e gostaria muito de tÊ-los cmo seguidores e ter seus comentários http://tcassimiro.blogspot.com.br/ Agradeço aos amados, em Cristo,

    ResponderExcluir
  7. Paz Taciano...
    Mano de fato os dispensacionalistas não suportam serem contraditados. Amam criticar, o dispensacionalismo é uma doutrina infantil , não resiste aos versículos mais simples, fruto da imaginação daqueles que acham que quanto pior melhor porque assim Jesus está voltando, é uma pena que um artigo tão bacana tenha sofrido ataques tão carnais. Perceba que nenhum dos contraditórios acima apresentou refutações teológicas apenas atacou de forma insana como é de costume aqueles que não refletem, apenas repetem o que foi dito antes. Parabéns pela coragem, e lembre-se a verdade nem sempre esteve com a maioria, Cristo é o grande exemplo disso, Paulo, Estevão. Continue bravamente seu desejo pela verdade e que o Senhor da Igreja te fortaleça em tudo.
    Soli Deo Glória!

    ResponderExcluir
  8. Sabe querido, ao invés de gastar tanto tempo estudando um assunto no qual você não crê, deveria aplicar tempo analisando com a mente e o coração a abordagem que o mentor do sistema teológico no qual você crê, elaborou. O calvinismo é uma afronta a natureza de Deus. Digo isso porque creio, assim como John Wesley, que um "deus" que traz pessoas à existência, "predestinadas" para ir pro inferno certamente não é o Deus da bíblia, que deseja que todos sejam salvos. Na tentativa de defender a soberania de Deus, calvino acabou criando um "deus" que era muito parecido com ele. Pense nisso.

    ResponderExcluir
  9. Se Deus, antes de criar o mundo, sabia que os homens se tornariam pecadores, e que muitos rejeitariam seu plano de salvação, e, não obstante, resolveu criá-los, o arminianismo não consegue resolver plenamente a questão, não é mesmo? O calvinismo está certo, ao afirmar a soberania divina: Deus não tem obrigação de salvar ninguém; Ele o faz inteiramente por sua graça. Os arminianos precisam entender melhor o conceito de graça. horacydossantos@gmail.com

    ResponderExcluir
  10. É lamentável, ainda no séc XXI termos pessoas brigando por posicionamentos teológicos. Quando acabará essa briga de quem está certo? Porque muitos presbiterianos arrogam para si a autoridade do conhecimento das Escrituras, em detrimento de outras denominações? O dia em que o homem entender que há um só Deus, um só Senhor, uma só fé e um só Amor, muita coisa vai mudar na igreja. Vamos parar de criar dogmas, porque cada vez que "um" se levanta para criticar o "outro", o "outro" se levanta para criticar esse "um". Desde Agostinho X Pelágio, Calvino X Arminio, vem se arrastando uma guerra sobre quem está certo e aí vamos criando mais abismos, ao passo que Cristo derrubou os muros de separação. Isso é uma contradição.
    Pra mim, Deus fica olhando para nós e lamentando o que estamos fazendo com a Santa Palavra que Ele deixou para nos unir e estamos nos separando. Glória a Deus pela vida de Agostinho, de Pelágio, de Lutero, de Calvino, de Arminio, De D L Moody, de John Wesley, de John Stott, de M LLoyd Jones, Billy Grahan etc. Homens notáveis, que se levantaram para pregar a Palavra de Deus, mas que, como homens, erraram também em alguns posicionamentos e interpretações. O problema não está neles, mas em seus seguidores, que ficam buscando erro nos outros para justificar seus posicionamentos.

    Fica a minha indignação

    Mauro Costa - co-pastor de Cristo, para cuidar de Suas ovelhas.

    ResponderExcluir
  11. Um artigo escrito de forma bastante tendenciosa... acredito que o irmão precise ser mais coerente e avaliar melhor o contraditório...

    ResponderExcluir
  12. O assunto sobre escatologia Dispensacionalista,é depois da Justificação um assunto muito importante,pois afeta consideravelmente a vida cristã no que diz respeito :
    .Quais partes da Biblia tem aplicação normativa para a vida cristã

    ResponderExcluir
  13. O Dispensacionalismo será sempre um tema polemico pelo fato de haver varias correntes teológicas, mas para voces que estão estudando a matéria deixo aqui uma dica: Procure primeiramente entender a pessoa de Deus ou seja, quem é Deus... seus atributos, sua natureza, suas diretrizes de tratamento em relação ao homem . é claro que não iremos descobrir tudo sobre Deus, mas temos na bíblia o suficiente...
    E sobre essas discussões deixo aqui o meu parecer: os verdadeiros sábios são loucos!!!!

    ResponderExcluir
  14. Muito obrigado pela aula. Como toda aula que aborda um tema polêmico está sujeita a contradições. De minha parte, considero o tema não uma questão teológica estéril e irrelevante, muito pelo contrário. O Dispensacionalismo produziu seus frutos, e eles são terríveis e terrificantes. Não me refiro às questões sobre as quais as Escrituras não são muito claras, e dão margem um entendimento não unívoco. Refiro-me à bipartição que foi feita em termos de alianças, e a mentira que foi acolhida por quase todos, inclusive pelas denominações reformadas, de modo geral, de que o Deus do Velho Testamento é diferente do Deus do Novo Testamento, revelado em Cristo. Cristo é amor, e Sua graça é o que vale. O Deus de Moisés é impiedoso, e está identificado com a Lei. Logo, a Lei deve ser vista como má, e qualquer pregação que apresente a Deus como alguém que pretenda atribuir ao homem alguma culpa real em razão do seu comportamento que desobedece a Lei, deverá ser visto como anti-Graça. E este ardil, o mesmo da Serpente do Éden, gerou um outro evangelho, no qual a lei não é santa, boa e justa, como diz Paulo aos Romanos, mas má. Obrigado pelo trabalho meu irmão. Unamo-nos no combate a esta Maravilhosa Mensagem da Graça, que continua a dizer ao homem que peca que ele não morrerá, mas será conhecedor do bem e do mal, como Deus. Mentira. Fica é escravo do mal, e depois morre. Abraço.

    ResponderExcluir
  15. Graça e Paz Obrigado pela publicação deste artigo ...Sola Gratia

    ResponderExcluir
  16. Gostei do artigo. É pena que os que criticaram, nao lembraram da origem do dispensacionalismo

    ResponderExcluir
  17. Se realmente Scofield resbalou na caneta, não significa que os dispensacionalistas de hoje acreditam que houve tal momento histórico em que Deus salvou pela lei. A Bíblia é a única fonte infalível de conhecimento verdadeiro, qualquer outro escritor, seja Calvino ou Scofield estão sujeitos a erros. Portanto não devemos julgar um sistema teológico pelos pequenos erros de um ou outro teólogo. ou Sou dispensacionalista e também calvinista, por mais contraditório que "pareça" ser. Quanto aos acontecimentos futuros, o dispensacionalismo apresenta uma boa teoria para Apocalípse 20:1-6, enquanto que a maioria dos reformados preferem ignorar esta passagem. Um abraço, Deus o abençoe em seu ministério.

    ResponderExcluir
  18. romanos 1.18 o justo viverá da fé
    efésios 2.8 pela graça sois salvos
    se sou ou não sou dispensacionalista
    o importante é que eu sou salvo...
    isto é suficiente
    sola gratia
    sola escriptura
    sola deo glória
    sola fide
    sola cristhus
    sou pentecostal reformado
    e não tenho que me justificar pra nenhum mortal pecador

    ResponderExcluir
  19. é necessário levar o homem a pensar, são pessoas como essas que fazem nosso cérebro pensar. a doutrina dispensacionalista foi algo que foi amadurecendo com o crescimento do homem conforme a dispensação do tempo, estamos caminhando para a maior dispensação de todos os tempo alcançar a estatura de um varão perfeito em Cristo Jesus.

    ResponderExcluir
  20. Parabéns pela postagem e pela coragem de remar contra toda a maré teológica que não descreve a realidade do que está escrito na bíblia,mas formam pensamentos teológicos para se enquadrarem dentro das interpretações humanas gerando esse vendaval de confusões doutrinárias e daí surgindo novas denominações ...frutos de erros e falta de entendimento do conhecimento bíblico. Mais uma vez, PARABÉNS!

    ResponderExcluir
  21. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderExcluir
  22. Nove anos depois do artigo postado, tenho acesso a ele e o acho ainda mais pertinente hoje do que quando ele foi escrito. A relevância do tema se mostra por algumas das reações apaixonadas reveladas em alguns comentários. Em muitos deles, dando a entender que divergir da doutrina dispensacionalista seria um tipo de heresia.

    ResponderExcluir

LinkWithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...